Prorrogar auxílio pioraria situação dos mais pobres, afirma secretário do governo

Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), falou sobre a prorrogação do auxílio emergencial em entrevista à CNN Brasil nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia anunciado o fim do pagamento do programa para dezembro do ano passado e a desistência do programa Renda Brasil.

O secretário do governo afirmou que uma prorrogação do programa poderia piorar a situação dos brasileiros mais pobres. “Se o governo continuasse gastando com o auxílio emergencial a dívida pública ia aumentar muito no final do dia. Os juros iam ter que aumentar e a situação dos mais pobres iria piorar ao invés de melhorar”, disse ele. “Temos que prestar atenção no lado fiscal. Garantindo o lado fiscal, o investimento privado volta e volta o emprego”.

Para o secretário, a consolidação fiscal será defender os mais pobres, que “sofrem com a inflação e o desemprego”. “Muitas pessoas criticam a equipe econômica [do governo Bolsonaro], mas o auxílio emergencial não dava para continuar. Ia nos colocar numa situação fiscal muito complicada”, afirmou.

Para 36% dos brasileiros, o auxílio emergencial foi a única fonte de renda entre os que receberam pelo menos uma parcela do benefício ano passado. A pesquisa que divulgou o dado foi feita entre 8 e 10 de dezembro.

Os níveis de pobreza do país também diminuíram com o auxílio emergencial durante a pandemia. Sem um novo programa do governo 15 milhões de brasileiros devem retornar à pobreza este mês, de acordo com o diretor do FGV Social e fundador do Centro de Políticas Sociais (FGV Social/CPS) Marcelo Neri.

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