Poupança vai ajudar a conter o fim do auxílio emergencial

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, informou na quinta-feira (5), que a combinação de manutenção da massa salarial com a redução de consumo durante a pandemia criou uma poupança que vai aliviar o efeito da retirada do auxílio emergencial.

“A poupança pode ser precaucional ou circunstancial. No Brasil, a poupança é, em grande parte, circunstancial, que vai mitigar o efeito da desaceleração do auxílio emergencial”, informou Campos Neto ao participar de congresso do Instituto Líderes do Amanhã. “A poupança circunstancial é dinheiro que vai voltar para a economia”.

Ao reforçar a importância de o país respeitar as regras fiscais, Campos Neto afirmou que o Banco Central tem na Selic um instrumento de política monetária de curto prazo que depende da credibilidade do país para se  estender a longo prazo.

“Mais importante do que juros curtos é a credibilidade, que vai fazer os juros longos caírem. A Selic é um instrumento que utilizamos, mas para que esse instrumento se propague é preciso ter credibilidade”, ressaltou Campos Neto.

Auxílio prorrogado até dezembro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio já foi oficializada por meio de medida provisória e agora terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.

“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro. 

Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.   

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