Perto de ser substituído, Bolsa Família é poderosa arma eleitoral

O Bolsa Família foi criado em outubro de 2003, durante o governo do presidente Lula. O programa foi criado com a fusão de benefícios lançados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Agora, o Bolsa Família está em sua fase final e deve ser substituído pelo Renda Cidadã, durante o governo de Bolsonaro.

O programa de transferência de renda conseguiu diminuir a pobreza em até 15% e a extrema pobreza em até 25%, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Durante a pandemia do novo coronavírus, o programa ficou ainda mais importante. O Cadastro Único (CadÚnico) do programa foi utilizado pelo governo para organizar o pagamento do auxílio emergencial. Os beneficiários do Bolsa têm direito a todas as parcelas do auxílio, desde que cumpram aos requisitos.

Ao todo, 14,28 milhões de famílias estão cadastradas no Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Cidadania, isso corresponde a cerca de 43,6 milhões de pessoas. O programa virou lei em 2004 e, nessa época, assistia a seis milhões de famílias. Na década seguinte, o número mais que dobrou. Em 2017, o programa foi responsável por tirar 3,4 milhões de brasileiros de situação de pobreza extrema e outras 3,2 milhões de situação de pobreza.

De acordo com o governo de Bolsonaro, 95% dos beneficiários do Bolsa Família fazem parte do auxílio emergencial e essa parcela está incluída na prorrogação do benefício. A pasta afirma que, após o fim do auxílio, as famílias continuarão recebendo o Bolsa Família. Os dois programas são considerados poderosas forças eleitorais e o Renda Cidadã, substituto do Bolsa, deve seguir pelo mesmo caminho. O novo programa, entretanto, ainda não possui fonte de financiamento definida.

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