INSS reduz espera por benefícios e quer aumentar a quantidade de servidores e militares

A atuação dos servidores aposentados e militares reservistas no órgão deve ir até o final do ano que vem

O Instituto Nacional do Seguro Social quer aumentar a força-tarefa criada para zerar a fila de pedidos de aposentadorias e benefícios como BPC (assistência a idosos e deficientes carentes) e auxílio-doença.

A atuação dos servidores aposentados e militares reservistas no órgão deve ir até o final do ano que vem, quando o INSS espera começar atender as outras filas.

Há um estoque de pedidos de manutenção do benefício, cumprimento de decisões judiciais (30% das aposentadorias rurais e do BPC são conquistados na Justiça), revisão de valores recebidos, recurso de pedidos negados e um acúmulo de 2,5 milhões com suspeita de irregularidade a serem investigados.

Desde 2018, em razão do aumento de requerimentos, o instituto passou a atrasar a avaliação de pedidos de aposentadorias e demais benefícios.

A fila chegou a mais de 1,4 milhão de requerimentos apenas no início deste ano. Por esse motivo, o governo lançou a estratégia para acelerar o atendimento, contando com o reforço de servidores aposentados, inclusive da própria carreira do INSS, e militares reservistas. Esses inativos ganharão um bônus enquanto atuarem na força-tarefa. .

Atuação dos militares

A atuação dos militares será no atendimento à população nas agências do INSS, quando voltarem a sua normalidade nos atendimentos presenciais, e na agência virtual, ajudando, por exemplo, no reagendamento de serviços.

Além disso, os militares deverão auxiliar no atendimento de manutenção de benefício, quando houver, por exemplo, análise de procurações judiciais, mudança de endereço e solucionar problemas quando o benefício é suspenso se o aposentado não comprovou estar vivo.

Ampliação da força-tarefa

A previsão do presidente do INSS, Leonardo Rolim, é que esse volume seja zerado antes do fim de outubro. Segundo ele, a pandemia do novo coronavírus acelerou as análises dos pedidos de benefícios. “Foi até mais rápido, porque estamos com mais gente”, disse.

De novembro do ano passado a maio de 2020, o INSS recebeu 4,3 milhões desses requerimentos e respondeu 5,2 milhões, reduzindo o tempo de espera.

No entanto, mesmo com a redução do tempo de espera por resposta do INSS, Rolim defende a contratação temporária, inclusive de militares reservistas, do qual o objetivo é liberar mais servidores a atuarem fora das agências e serviços de atendimento direto à população.

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