Grupo da USP propõe tributar ricos para ampliar benefícios como auxílio

Laura Carvalho, doutora em economia pela New School for Social Research e professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), falou sobre o fim do auxílio emergencial. O benefício deve terminar de ser pago em dezembro de 2020, deixando ano que vem sem um programa social para os brasileiros mais vulneráveis, até agora.

De acordo com ela, a falta de auxílio em 2021 irá gerar um “colapso” na renda da base da população do Brasil, diminuindo o consumo das famílias e, consequentemente, diminuindo a recuperação da economia. Ainda segundo ela, as atuais ideias do governo, que até agora não se concretizaram, de unificar programas, como o Bolsa Família, para criação de um novo, não são as mais efetivas.

As opinião foram divulgadas pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), centro de estudos com foco no debate sobre desigualdade. “A nossa possibilidade de recuperação já não é das melhores, e a retirada do auxílio retarda o processo. Ainda não resolvemos a origem da crise, que é a pandemia, então é preciso que o Congresso atue para ao menos garantir parte de um programa social”, disse ela.

O estudo, feito também ao lado dos professores da FEA-USP Gilberto Tadeu Lima e Fernando Rugitsky, defende que a tributação das camadas mais ricas da população brasileira deve ser aumentada. Dessa forma, defende o estudo, será possível fazer o financiamento de um programa social mais amplo.

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