Cenário ideal é o auxílio de R$ 600 deixar de existir ou diminuir, diz Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o país não é capacitado para continuar a pagar R$ 600 de auxílio emergencial em 2021.

Diante da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o país não é capacitado para continuar a pagar R$ 600 de auxílio emergencial em 2021.

De acordo com Campos Neto, a recuperação da economia no Brasil no próximo ano, provocada pelo consumo, virá da queda da taxa de desemprego e do fato de os trabalhadores gastarem parte da poupança acumulada ao longo deste ano.

“Obviamente temos uma preocupação fiscal e o Brasil não tem capacidade de seguir pagando R$ 600 por mês. O cenário ideal para o BC é onde o auxílio deixa de existir ou diminui [de valor]. A gente entende que vai ter algum tipo de programa, que não nos cabe comentar. Com isso, o efeito auxilio [na economia] tende a diminuir e a poupança será usada no consumo”, afirmou.

Auxílio prorrogado até dezembro

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por quatro meses no valor de R$ 300. A extensão do auxílio já foi oficializada por meio de medida provisória e agora terá que ser aprovada por deputados e senadores no Congresso Nacional.

“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades, mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse Bolsonaro. 

Neste ano, o Executivo depositou cinco parcelas de R$ 600 para os beneficiários do auxílio, visando ajudar os brasileiros de baixa renda, trabalhadores informais, MEIs, autônomos e desempregados.   

O presidente Jair Bolsonaro já havia informado sobre a redução do valor do benefício e argumentou que, o valor pode parecer pouco para os brasileiros afetados pela pandemia, mas “é muito para quem paga, no caso, o Brasil”.  

De acordo com cálculos feitos pela equipe econômica, o custo mensal do benefício foi de R$ 50 bilhões por mês durante a primeira fase do programa.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.