Ampliação de seguro-desemprego teria impacto de R$ 16 bilhões nas contas públicas

Governo estendeu recentemente programa que permite redução de salário e jornada de trabalho

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não apoia a ampliação do seguro-desemprego para mais duas parcelas para os trabalhadores que foram demitidos durante a pandemia do novo coronavírus. Dados do Ministério da Economia avaliam que essa medida teria impacto de R$ 16,7 bilhões nas contas públicas de 2020.

O número foi concluído levando em conta os 6,5 milhões de trabalhadores demitidos desde março e que seriam beneficiados com isso. A medida foi votada no fim do mês passado, durante reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

“A criação de uma despesa de R$ 16 bilhões contribuiria para o agravamento do resultado fiscal e o consequente aumento do endividamento público, o qual já se encontra em níveis bastante elevados em relação aos nossos pares”, disse nota técnica do Tesouro Nacional.

Ainda recentemente, o governo estendeu programa que permite redução de salário e jornada de trabalho. Agora, o programa irá valer até 31 de dezembro de 2020, data em que o estado de calamidade devido à pandemia do novo coronavírus chega ao fim no Brasil. Atualmente, há congressistas que apoiam o governo e defendem que o estado de calamidade pública seja ampliado para 2021. Se isso acontecer, o governo abrirá brecha para que programas, como o auxílio emergencial, também sejam estendidos.

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