A dificuldade de aprendizagem na vida adulta pode comprometer o desempenho profissional de uma pessoa, desde que não haja o diagnóstico e o acompanhamento adequado para o caso. Erroneamente, pessoas que não possuem um diagnóstico claro podem ser vistas como “incapazes” ou, ainda, “preguiçosas”.
Embora as dificuldades de aprendizagem nada tenham a ver com a “falta de vontade” do indivíduo, muita injustiça ainda tem acontecido neste sentido.
Assim, visando minimizar estes impactos, trouxemos algumas informações importantes sobre o tema para que possamos desmistificar as questões relacionadas às dificuldades na vida adulta. Acompanhe e entenda.
Para que possamos abrir a nossa mente e pensarmos sobre a dificuldade de aprendizagem na vida adulta, é necessário conhecermos os diagnósticos mais comuns. Abaixo, destacamos cada um deles para você:
O déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é caracterizado como um transtorno crônico que gera desatenção e impulsividade. O indivíduo com TDAH tem dificuldades de manter o seu foco em uma única atividade, por muito tempo, vendo-se facilmente dispersado a partir de qualquer outro estímulo que possa acontecer ao seu redor.
Como nem sempre o diagnóstico é feito na infância, muitos adultos podem crescer sem nem se darem conta do seu quadro. Com isso, desenvolvem-se de maneira rotulada e, muitas vezes, podem abandonar os estudos ao longo de sua vida.
Por isso, é importante ficar atento aos sinais: desatenção exagerada, hiperatividade e falta de foco podem denunciar o TDAH. Observe a si mesmo ou àquele parente ou amigo que está passando por dificuldade de aprendizagem.
A dislexia é um transtorno hereditário, que tem como característica a dificuldade em decodificar e linguagem, comprometendo assim a leitura e escrita do sujeito. Trata-se de uma condição que pode atrapalhar profundamente o processo de interpretação e aquisição de novos conhecimentos por meio da leitura e da escrita.
Atualmente, estima-se que 15% da população brasileira sofre de dislexia, e há casos em que o diagnóstico na infância não acontece de maneira clara, dificultando o desenvolvimento acadêmico do indivíduo.
Quando este, na vida adulta, se depara com documentos, planilhas e e-mails em sua carreira, pode ter muita dificuldade para absorver informações, passando a imagem de “preguiçoso” ou “desatento ao trabalho”. É preciso, nesse caso, buscar ajuda neurológica ao se deparar com dificuldades de leitura, escrita, interpretação de texto, etc.
A discalculia, por sua vez, está associada à dificuldade de aprendizagem na vida adulta no que tange o uso de números, cálculos e dados numéricos de maneira geral. Trata-se de uma condição que também pode passar despercebida na infância, especialmente se algumas atividades (como interpretar um relógio) não forem comprometidas.
Porém, na vida adulta, sujeitos com dificuldades aritméticas no trabalho podem cometer equívocos que, novamente, aos olhos alheios pode parecer preguiça ou falta de foco. No entanto, a discalculia tem tratamento, que visa minimizar os impactos do problema.
Por fim, transtornos de humor, como a depressão, também podem denunciar uma dificuldade de aprendizagem na vida adulta. Com o gerenciamento das emoções comprometido, o sujeito pode ter dificuldade para se concentrar e aprender algo novo, denunciando a necessidade de tratamento psicológico e psicoterápico.
Atente-se para os estados de humor, a fadiga, a apatia e busque ajuda profissional caso desconfie de algo. As dificuldades de aprendizagem na vida adulta podem ser pouco exploradas no senso comum, mas precisam urgentemente de muita atenção.