Dentro do mundo da numismática, há um ponto que ninguém discorda: nem todas as moedas possuem os mesmos valores. Por isso, a principal dica para quem está entrando na área agora é prestar atenção ao ano da cunhagem do exemplar, e também a outros fatores como a presença de características específicas tanto no anverso como no reverso.
Um exemplo específico para explicar a dinamicidade do mundo da numismática pode vir da moeda de 50 centavos da segunda família do Plano Real. Trata-se de uma peça muito conhecida entre os colecionadores, e que possui valores diferenciados a depender do ano de cunhagem.
E por que os valores são diferentes a depender do ano? De acordo com os especialistas, é muito importante prestar atenção nos números da tiragem do exemplar. Essa quantidade varia com certa frequência, e pode ser decisiva para a definição do valor da peça.
Como dito, as moedas de 50 centavos da segunda família do Plano Real são muito conhecidas em todo o país. De toda forma, listamos abaixo as principais características do exemplar, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
Como visto na lista acima, é possível notar que esta peça conta com a representação do Barão de Rio Branco. Em toda a sua biografia, ele atuou em várias profissões, mas ganhou notoriedade nacional como Ministro das Relações Exteriores do Brasil, onde permaneceu entre 1902 e 1912.
Durante a sua gestão, ele conseguiu incorporar 900 mil km ao território brasileiro sem necessidade de conflitos armados. Em toda a sua trajetória política, ele ficou conhecido como um homem que rejeitava cenários bélicos, e acreditava que tudo poderia ser resolvido na base do diálogo.
Como antecipado, existe uma moeda de 50 centavos que se destaca das outras na segunda família do Plano Real. Trata-se da peça de 2006. O motivo: ela conta com uma tiragem visivelmente menor em comparação com a média geral.
De acordo com as informações oficiais do Banco Central, apenas 39 milhões de exemplares de 50 centavos do ano de 2006 foram postos em circulação. Em um nível de comparação, as outras costumam ter algo entre 122 milhões e 189 milhões, por exemplo.
Mas para além de atentar para o ano da moeda, também é preciso que você atente para o grau de conservação desse exemplar. No caso da peça 50 centavos de 2006, ela pode ser vendida por até R$ 400 em 2024. Mas isso também vai depender de quão bem conservado está o seu exemplar.
Na imagem abaixo, essa diferenciação de valores se tornará mais clara:
Para os iniciantes, as inscrições acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
Para começar, vamos detalhar o que significa uma moeda MBC. Este termo significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.