As diferenças entre depressão e desânimo, embora sutis para o senso comum, são evidentes quando paramos para analisar as situações mais a fundo. Isso se deve ao fato de a primeira não ter uma única causa, mas sim, ser multifatorial e mais intensa, enquanto o segundo é algo mais momentâneo e com uma causa bem demarcada.
Mas as diferenças não param por aqui. Acompanhe o texto e saiba mais sobre o assunto.
As diferenças entre depressão e desânimo se relacionam com a duração, causa e intensidade dos sintomas. Abaixo exemplificados com mais detalhes:
Quando estamos desanimados ou tristes, a tendência é que este sentimento dure por algumas horas e, no máximo, alguns dias. Além disso, pode haver momentos no meio do caminho que despertem sentimentos de felicidade e bem-estar.
Já em quadros depressivos, a duração é persistente, podendo ultrapassar meses e até anos. O paciente encontra dificuldades para enxergar momentos prazerosos, por menores que pudessem ser.
As causas também costumam apontar se estamos diante de um quadro de desânimo ou de depressão. Uma pessoa “triste” tende a ter em mente qual a fonte da sua tristeza: um dia ruim no trabalho, uma briga na família, uma doença diagnosticada. Enquanto a depressão é multifatorial, e a pessoa não consegue apontar um único problema.
Assim, um paciente depressivo tende a ver praticamente todos os âmbitos de sua vida de maneira negativa, mergulhando em sentimentos intensos de tristeza, baixa autoestima e falta de controle.
Quando estamos tristes reconhecemos uma fonte maior da tristeza, e quando a depressão se instaura, fica difícil reconhecer uma única causa.
A intensidade dos sintomas também realçam as diferenças entre desânimo e depressão. Quando estamos desanimados, por mais intenso que o sentimento possa parecer, nós conseguimos seguir com nossas vidas quase que normalmente.
Continuamos trabalhando, cuidando da rotina de casa e até mesmo nos higienizamos adequadamente. Em contrapartida, um quadro de depressão possui sintomas mais intensos que podem levar a pessoa a se sentir completamente incapaz de lidar com a situação.
A falta de vontade de levantar, seguir adiante e encontrar uma saída é intensa. A pessoa deixa de fazer, inclusive, coisas que antes eram vistas como prazerosas. Tudo se torna ruim e a falta de perspectiva esgota qualquer chance de pensar positivo.
Agora que você compreendeu as diferenças entre desânimo e depressão, é chegado o momento de refletir sobre a sua vida pessoal. Entretanto, lembre-se de não seguir o caminho do autodiagnóstico, pois isso pode ser muito perigoso.
Primeiro porque você pode criar em sua mente um problema que pode ser “maior” que o real, levando ao desenvolvimento de um quadro depressivo de fato. Segundo porque se autodiagnosticar pode piorar a situação, ao invés de ajudar, tendo em vista a angústia que isso pode criar.
Portanto, se você tem sentido sintomas de tristeza profunda, falta de desejo pelas atividades que costumava gostar e outros efeitos nestes âmbitos, converse com um profissional e faça psicoterapia.
Lembre-se que o SUS e universidades com curso de psicologia podem oferecer atendimento psicológico gratuito, desde que marcado com antecedência. Toda faculdade que possui curso de Psicologia conta com o Serviço Escola de Psicologia, onde estagiários atendem a comunidade gratuitamente ou por preços sociais.
Informe-se e cuide da sua saúde mental!