O Cisma do Ocidente: divisão da Igreja Católica

O Cisma do Ocidente: um resumo

O Cisma do Ocidente foi um importantíssimo evento que aconteceu na Baixa Idade Média. Os conflitos duraram muitos anos e envolveram praticamente todo o continente europeu.

Dessa maneira, é fundamental que você domine as principais características desse assunto. Isso porque, o Cisma do Ocidente pode aparecer nas principais provas do país, como, por exemplo, nos vestibulares.

O Cisma do Ocidente: Definição

O Cisma do Ocidente, também conhecido como Cisma Papal, foi uma divisão temporária da Igreja Católica resultante de uma crise e uma disputa pelo poder.

O conflito se iniciou no ano de 1378, com a morte do papa Gregório XI, e conheceu o seu fim somente no ano de 1417, com a realização do Concílio de Constança.

O Cisma do Ocidente: Introdução

No ano de 1294, Bonifácio VIII se torna papa. Porém, logo o pontífice iria construir uma tensa relação com o rei da França, Filipe, o Belo. Isso porque, Filipe queria interferir mais na Igreja, atitude que era condenada pelo papa.

Com a morte de Bonifácio VIII, Felipe IV passa a interferir nas eleições para papa. O seu objetivo era eleger um papa francês: objetivo que ele atinge com a eleição de Clemente V.

Porém, Filipe iria obrigar o novo papa a instalar o seu pontificado em francês, deixando vago o trono em Roma. Assim, o papado foi transferido para Avignon, na França.

Esse período, que se inicia em 1309 e termina somente em 1377, será conhecido como Cativeiro de Avignon. Nele, o papa é obrigado a manter a sede de seu governo na França. Além disso, diversos papas e clérigos são obrigados também a se submeter aos interesses do monarca francês.

Porém, quando Gregório XI assume o papado, ele tenta transferir o papada para a sua sede original, a cidade de Roma. Com a sua morte, os italianos passam a pressionar ainda mais o monarca francês para que o papado seja reestabelecido na Itália novamente.

Assim, os italianos elegem Bartolommeo Prignano, que ficaria conhecido como Urbano VI, o novo papa. Muitos Estados aceitam essa decisão. Entre eles, podemos citar: Hungria, Noruega, Suécia, Irlanda, Flandres, Dinamarca, Inglaterra, dentre outros.

Urbano VI esteve na posição de Papa de 1378 a 1389, e se recusou a ficar instalado em Avignon, o que deixou insatisfeita grande parte da população francesa que considerava ilegítima a escolha. Urbano VI foi rejeitado pelo clero francês anulou sua eleição.

Urbano VI se manteve papa em Roma, enquanto na França, outro papa havia sido escolhido: Clemente VII, que ficaria conhecido como Antipapa.

O Cisma do Ocidente: A divisão

Assim, o catolicismo ocidental havia se dividido: um papa estava em Roma e outro papa estava em Avignon. Era o início do Cisma do Ocidente.

Em 1394, Clemente seria substituído por Bento XIII. Porém, alguns italianos não aceitaram essa escolha. Assim, na cidade de Pisa, outro papa foi eleito: Alexandre V, que permaneceu somente um ano como papa, de 1409 a 1410. Ele foi sucedido por João XXIII.

O cisma se tornou insustentável a partir do momento que ele passou a envolver todo o continente europeu: alguns países apoiavam o papa de Roma, outros o de Avignon e outros ainda o de Pisa. Os países discutiam entre si para resolver qual seria o verdadeiro papa que deveria concentrar em suas mãos o poder da Igreja.  

O Cisma do Ocidente: Desfecho

No início do século XV, a Igreja chega ao auge de sua instabilidade religiosa e política. Para solucionar a crise e reunificar a sede da Igreja Católica, um concílio é convocado em 1414: Concílio de Constança.

Assim, nessa reunião decide-se que o papa de Roma, Gregório XII, deveria renunciar, assim como o papa de Pisa. Bento XIII seria, por sua vez, excomungado.

O Cisma do Ocidente termina, finalmente, no ano de 1417, quando um novo papa é eleito em Roma: Martinho V.

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