Dicas de português: Saiba usar corretamente os colchetes

Usar adequadamente os sinais de pontuação é crucial para garantir a boa articulação das ideias. Além disso, a pontuação costuma fazer parte da avaliação dos textos escritos em concursos, vestibulares e trabalhos acadêmicos em geral. Uma boa pontuação facilita a leitura, por exemplo, e torna o texto mais agradável para o leitor.

Os sinais de pontuação sinalizam como um texto deve ser lido, e, apesar de sempre presentes nos textos, muitos estudantes têm dúvidas quanto aos usos de sinais como a vírgula, o ponto e vírgula e os colchetes, por exemplo.

Os colchetes ( [ ] ), também conhecidos como parênteses retos, são um sinal de pontuação de uso mais restrito do que os parênteses comuns. Desse modo, são mais comuns em textos de linguagem científica e técnica, como textos filológicos, linguísticos, didáticos etc. Além disso, estão presentes também em fórmulas matemáticas.

Como usar colchetes?

Os colchetes devem ser usados em citações já separadas por parênteses ou aspas.

  • Exemplo: Existe dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas (ligadas através de uma conjunção) e as assindéticas (ligadas através de uma pausa [normalmente simbolizada pela vírgula]).

O uso dos colchetes também ocorre para indicar que uma citação está incompleta. Nesses casos, usa-se colchetes com as reticências.

  • Exemplo: “assim como os cronistas se debruçaram sobre a terra e o nativo com um espírito ao mesmo tempo ingênuo e prático, os missionários da Companhia de Jesus […] uniram à sua fé […] um zelo constante pela conversão do gentio […].” (BOSI, 1994, p. 19)

Também é comum usar os colchetes em dicionários para indicar a etimologia das palavras e a transcrição fonética, como em [´kazu], que é a transcrição fonética de caso. Veja mais exemplos:

  • alface [do ár. al-hassa(t)] e território [do lat. territorium];
  • cada [kada] e vê [ve].

É possível usar os colchetes também para indicar o acréscimo de uma informação em uma citação:

  • Exemplo: “Agora eu quero contar as [verdadeiras] histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936.)

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