Concursos Públicos: O uso dos Acentos Diferenciais

Dominar as regras de acentuação das palavras da língua portuguesa é fundamental para mandar bem em provas de Concursos Públicos que, em sua maioria, exigem tal conhecimento.

Nesse sentido, além de dominar as regras de acentuação de acordo com a sílaba tônica das palavras, é necessário conhecer os acentos diferenciais.

Como o próprio nome já diz, os acentos diferenciais são usados para distinguir palavras. Recebem acento diferencial algumas palavras que são homônimas perfeitas, ou seja, palavras que possuem forma e pronúncia idênticas.

Em resumo, o acento diferencial é empregado com o objetivo de, na escrita, identificar mais facilmente os significados das palavras homônimas, que, apesar de terem a mesma forma e a mesma pronúncia, apresentam significados distintos.

Alguns exemplos de palavras que recebem acentos diferenciais são: pôde, pôr e têm.

Em pôde o acento circunflexo é usado para distinguir a forma verbal do verbo poder conjugado no passado (pôde) da forma verbal conjugada no presente (pode):

  • Papai disse que o meu namorado pode vir conhecê-lo hoje à noite. (presente)
  • Ele não pôde comparecer à reunião de ontem por conta de um falecimento na família. (passado)

Já o acento usado na palavra pôr é empregado para distinguir a forma verbal da preposição por:

  • Menino, vá pôr uma blusa, antes de sair por aí. (verbo)
  • Julgaram a moça inadequadamente por puro preconceito. (preposição)

Em têm o acento é usado para distinguir as pessoas do verbo, já que na conjugação do verbo ter no presente do indicativo as formas da terceira pessoa do singular e da terceira pessoa do plural são homônimas. Veja distinção nos exemplos:

  • Ela tem dois filhos.
  • Os meninos têm grandes chances de vencer a competição. 

Contudo, é importante ter em mente também que nem todas as palavras homônimas perfeitas recebem acento diferencial, como é o caso das palavras manga, parte da camisa ou blusa que fica sobre os ombos e braços, e manga, um tipo de fruta.

Mudanças

Além disso, com estabelecimento do Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras que comumente recebiam os acentos diferenciais sofreram alteração e passaram a não ter mais o sinal gráfico para a distinção.

Veja alguns casos:

  • A palavra pára (forma conjugada do verbo parar), recebia o acento agudo para estabelecer a distinção entre a forma verbal e a preposição para, contudo, esse acento não deve ser empregado conforme as novas regras.
  • As palavras pêra (fruta) e pera (preposição fora de uso) eram diferenciadas pelo circunflexo, mas esse acento também foi abolido da palavra.

Nesse sentido, no estudo do português para concursos, é indispensável analisar os casos que sofreram mudança por convenção do novo acordo e se preparar para as situações em que o acento ainda segue sendo diferencial, como, por exemplo, no uso dos “porquês”.

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