Com o avanço da vacinação contra o novo coronavírus, o retorno das aulas presenciais se tornou realidade em grande parte dos estados brasileiros.
As unidades escolares tanto públicas como privadas terão a chance de reaproximar os estudantes que acabaram se afastando dos estudos durante a pandemia.
Um levantamento da Unicef, denominado “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil ? Um alerta sobre os impactos da pandemia da COVID-19 na Educação”, demonstrou que em 2020 mais de 5 milhões de alunos na faixa etária dos 6 a 17 anos não tiverem acesso à Educação.
Para a gerente pedagógica do projeto Nova Escola, Ana Ligia Scachetti, oabandono escolar já era uma preocupação das escolas antes da pandemia: “Os números cresceram mais com a crise sanitária e as dificuldades de acompanhamento das aulas de forma remota. As desigualdades do Brasil deixaram essa lacuna ainda mais evidente”.
“Sabemos que a retomada das aulas presenciais não é um consenso entre todas as redes de ensino do Brasil, e desde o início a Nova Escola tem produzido materiais para apoiar a comunidade escolar em seus diferentes contextos. Acreditamos que o retorno das aulas presenciais é um momento-chave para trazer o interesse dos alunos de volta para a escola”, completa.
O programa Nova Escola tem como objetivo oferecer recursos para educadores com foco na Educação pública brasileira.
As unidades escolares e todos os envolvidos no dia-a-dia da escola como professores, gestores, alunos, pais e demais colaboradores, podem ajudar no combate ao abandono escolar com algumas ações nessa volta às aulas de modo presencial.
Veja abaixo 6 estratégias para acolher os alunos no retorno presencial.
O resgate da identidade escolar pode corroborar na aproximação dos alunos. Envolver os estudantes nas questões da escola e tratá-los como parceiros para ajudar os colegas, resgatar histórias de conexão entre a comunidade e a escola e mostrar que o ambiente escolar vai além de seus muros.
Uma das possibilidades é usar as competências socioemocionais para combater a evasão escolar. Desse modo, professores podem encorajar os estudantes a tomarem algumas atitudes como:
Os pais também podem buscar o diálogo com a gestão, seja individualmente ou por meio do Conselho Escolar, para sugerir algumas ações.
É possível criar uma caixa de sugestões, e-mail, conta em redes sociais ou Whatsapp para facilitar a comunicação entre estudantes e escolas.
Demonstrar interesse e criar maneiras de escutar o aluno facilita a conexão e aumenta as chances de permanência.
Promover rodas de conversa, debates e o compartilhamento de experiências também corrobora na proximidade e acolhimento.
Além disso, a gestão da escola precisa manter canais de comunicação com os professores e os apoie nas dúvidas que surgirem.
Eles ajudam a desenvolver a escuta ativa e ensinam os alunos a se posicionar, ouvir e se relacionar com empatia e respeito.
Nesta volta às aulas de maneira presencial, essa ferramenta pedagógica pode ser usada para a refletir sobre o conteúdo programático, mas com as adaptações essenciais para o período de pandemia.
Depois de muito tempo afastados por questões sanitárias, é natural que exista algum receio sobre a volta ao convívio escolar.
Por isso, a escola pode realizar algumas ações de conscientização sobre o protocolo sanitário, como explicar o funcionamento das máscaras, como o vírus se espalha e a importância da ventilação, por exemplo. Essas medidas podem gerar mais confiança em todos os envolvidos no retorno.
Escolas e famílias ficaram mais próximas durante a pandemia por conta do estudo remoto e é importante que a relação continue com a volta presencial das aulas.
manter esse contato direto pode estimular os alunos dentro e fora da escola. É importante também seguir interagindo com as famílias, para apoiar o aluno dentro da sua realidade.
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