Entre as tipologias textuais a narração é um dos tipos mais ricos em possibilidades de escrita. Todos os textos narrativos são escritor através da “voz” de um narrador, podendo ser mais ou menos impessoal a depender no do uso da primeira ou da terceira pessoa.
Nesse sentido, há, em diferentes textos narrativos, diferentes tipos de narrador. Confira as características de cada tipo abaixo.
Cada história é narrada de um determinado ponto de vista, que é diferenciado a depender do tipo de narrador escolhido pelo autor. Assim, o foco narrativo se direciona pela perspectiva através da qual o narrador escolhe para relatar os acontecimentos do enredo.
O narrador personagem é aquele que, além de narrar a história, faz parte dela, assumindo papel de protagonista ou coadjuvante. Desse modo, o texto é narrado em primeira pessoa.
Nesse caso, o narrador não só relata os fatos do enredo, como também os vivencia, de modo que o leitor tem acesso também aos sentimentos e pensamentos da personagem que conduz o texto, mas não tem acesso à perspectiva das demais personagens.
Esse é o caso do clássico Dom Casmurro, escrito por Machado de Assis, no qual Bentinho conta os acontecimentos do seu relacionamento com Maria Capitolina (Capitu) apenas de sua perspectiva.
Já o narrador observador guia os acontecimentos do texto através da terceira pessoa do discurso, assim, o narrador é considerado “neutro”, pois não é parte do enredo, não figura como uma personagem.
Nesse sentido, por narrar aquilo que vê, o narrador não tem consciência de tudo o que acontece na trama. A sua imparcialidade é decorrente da falta de conhecimento à respeito da vida, pensamentos, sentimentos ou personalidade das personagens. Um exemplo disso é a obra Capitães da Areia, de Jorge Amado.
Por fim, o narrador onisciente é aquele que, como o próprio nome já diz, é consciente de todos os acontecimentos do enredo e pode conduzir o texto tanto em primeira quanto em terceira pessoa.
Esse tipo de narrador sabe tudo o que diz respeito ao enredo, inclusive aos pensamentos, sentimentos, personalidades e fragilidades das personagens. Esse tipo de narrador pode ainda se dividir em intruso, neutro ou múltiplo.
Um exemplo de narrador amplamente conhecido por adolescentes e jovens é o narrador da saga Harry Potter, escrita por J. K. Rowling. Na literatura brasileira, um bom exemplo de narrador onisciente intruso é o de Quincas Borba, romance de Machado de Assis.
Já no livro A peste, escrito por Camus, há a mescla de diferentes tipos de narrador, o que pode ocorrer se assim preferir o escritor do texto.
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