O uso dos “porquês” gera uma das dúvidas mais comuns dos estudantes na escrita da língua portuguesa. É comum se deparar com o uso inadequado de uma das quatro formas possíveis: porque, porquê, por que ou por quê. No entanto, em provas de concursos ou provas discursivas de vestibulares, como as de redação, causar uma confusão no uso dos “porquês” certamente afetará a nota do aluno negativamente.
Por isso, apresentamos abaixo como distinguir as quatro formas e em quais contextos usar cada uma delas de acordo com a norma-padrão da língua. Confira!
Apesar de a pronúncia dessas quatro formas – porque, porquê, por que ou por quê – ser a mesma, na escrita, cada uma delas tem uma função diferente.
O “porque” escrito junto e sem o acento deve ser usado sempre em respostas, pois serve para introduzir explicações. Desse modo, corresponde as seguintes expressões: pois, posto que, em razão de, porquanto, etc. Confira algumas frases:
Ele saiu cedo porque precisava buscar a filha na escola.
Porque eu não quis viajar, ela brigou comigo.
Já o “porquê” junto e com acento circunflexo é usado para indicar o motivo ou razão de algo. Assim, funciona como sinônimo de causa. Geralmente, essa forma e aparece precedida por artigo (o, os) ou numeral (um, uns), com função de substantivo.
Mateus não me disse o porquê de tanta irritação.
Expliquei para ela todos os porquês do desligamento da equipe.
O “por que” separado e sem acento deve aparecer sempre no início das perguntas com o objetivo de indagar, de iniciar um questionamento. Desse modo, alguns sinônimos possíveis são por qual motivo e por qual razão. Veja exemplos de usos possíveis:
Por que a professora desistiu de aplicar a prova hoje?
Por que as crianças ainda não foram para a cama?
Também usado em frases interrogativas, o “por quê” separado e com acento circunflexo se diferencia do anterior por aparecer sempre ao final da frase. Assim, ele sempre aparece seguido de um ponto de interrogação ou de um ponto final:
A Sarah desistiu de ir à festa por quê?
Renato recusou o convite sem dizer por quê.
Diante disso, é possível observar que os significados são semelhantes, mas os contextos oracionais são distintos. Por isso, é preciso saber exatamente em qual contexto cada uma delas se encaixa para não deslizar em um texto que exige a escrita formal.
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