Há um conjunto de equívocos e erros de ordem ortográfica e gramatical que comumente são cometidos por estudantes, vestibulandos e concurseiros. Tais erros diminuem consideravelmente a qualidade dos textos e podem indicar falta de preparo ou de atenção.
Por esse motivo, elencarei cinco erros muito recorrentes na escrita da língua portuguesa para que você fuja deles ao escrever o seu texto, aumentando sua qualidade.
Muitas pessoas ficam perdidas e não sabem empregar o uso do verbo ter flexionado na terceira pessoa no tempo presente. Porém a distinção é simples:
Quando o verbo ter estiver flexionado na terceira pessoa do singular (ele) a forma a ser empregada é tem.
– Marco viajou para a Itália, ele tem dinheiro de sobra para isto.
Quando o verbo for flexionado na terceira pessoa do plural (eles), utiliza-se têm, o emprego do acento circunflexo indica a marcação de plural no verbo.
– Os desastres naturais têm assustado a população.
Ambas as formas estão corretas, contudo, são palavras com funções distintas, mesmo que na oralidade soem muito parecidas, causando uma armadilha na escrita.
A palavra mas é uma conjunção adversativa. É geralmente empregada para expressar oposição entre duas orações:
– Marta queria ir à festa, mas sua mãe não permitiu.
– Fui ao mercado, mas nada comprei.
A palavra mais é um advérbio de intensidade e pode funcionar como uma conjunção aditiva. Sua função é de, respectivamente, indicar a intensificação de um termo e de expressar um acréscimo:
– A prova de Humanas foi a mais difícil. (intensidade)
– Acrescentei mais um item na lista de compras. (adição)
DICA: Se sua dúvida persistir mesmo após analisar o significado, substitua mas/mais por uma conjunção adversativa como entretanto, porém, contudo. Se a frase ficar adequada, você deve empregar mas, se ficar inadequada, você deve empregar o mais.
O emprego de a para indicar tempo decorrido é completamente equivocado. Só demos usar a para indicar temporalidade em relação ao futuro:
– Talvez eu enlouqueça daqui a dez minutos.
O verbo haver (há) deve ser empregado para indicar tempo decorrido ou com o sentido de existir:
– Casei-me há dez anos. (passado)
– Há apenas sete alunos na sala. (existencial)
Essa é uma dúvida de concordância que muitos têm por se tratar de uma expressão de quantidade. Nesse caso, o uso correto pela norma culta é a maioria faz.
A concordância no plural só será uma possibilidade de houver um substantivo no plural interveniente:
– A maioria das professoras fazem prova sem consulta.
Se houver um substantivo no plural a concordância será feita no plural:
– A maior parte da população não faz a mínima ideia do que está acontecendo.