Para muitos o pleonasmo se resume a um vício de linguagem. Contudo, na língua portuguesa, o pleonasmo não se resume a isso, podendo aparecer em outros contextos e ser muito bem aceito.
O pleonasmo é um recurso linguístico cuja realização consiste na repetição de um termo com o objetivo de dar maior clareza ou de enfatizar uma ideia. Nesse sentido, a depender do contexto de uso, este recurso pode funcionar como uma figura de construção, um dos tipos de figuras de linguagem.
Contudo, se mal empregado no contexto oracional, tal recurso pode se tornar apenas um vício de linguagem. Por esse motivo, apresentamos abaixo os contextos de cada tipo. Confira!
Segundo os gramáticos, os termos envolvidos no contexto podem caracterizar o pleonasmo em dois tipos: o literário e o vicioso. Desse modo, o contexto de uso é fundamental para distinguir os dois tipos.
Na literatura, o recurso estilístico e semântico é utilizado intencionalmente pelos escritores com a intenção poética de dar ao texto maior expressividade.
Nesse sentido, diversos escritores da literatura brasileira repetem termos ou ideias com o mesmo significado ou com semântica aproximada para enfatizar o discurso em seus textos. Veja exemplos abaixo nos quais é possível observar a repetição nas palavras em destaque:
“E rir meu riso e derramar meu pranto” (Vinicius de Moraes)
“Chovia uma triste chuva de resignação” (Manuel Bandeira)
“Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal! ” (Fernando Pessoa)
Fora da literatura, quando não usado de maneira intencional pelo falante, o pleonasmo pode ter apenas o efeito redundante, diferentemente do que observamos quando usado em uma construção poética.
Desse modo, o pleonasmo é considerado um vício de linguagem, que consiste em um desvio das nomas por descuido do falante. Veja alguns exemplos muito comuns:
Muitos estudantes comentem pleonasmo vicioso em redações de vestibulares ou concursos e estes não são bem avaliados, por esse motivo é preciso diferenciar os tipos de pleonasmo e ter cuidado com a escolha vocabular para não cometer redundância.
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