O conteúdo sobre o uso dos porquês é estudado dentro da Fonologia, que corresponde a uma das partes de estudo da Língua Portuguesa. Bem próximo dos estudos sobre parônimos e homônimos da Língua Portuguesa, estão os porque, por quê, porquê e por que.
No uso da fala a palavra porque, independente de qualquer um dos quatro, possui praticamente o mesmo significado. O problema, por exemplo, é quando o uso dos porquês aparece nas provas de concursos e vestibulares. E para que você escreva uma redação corretamente, precisa saber usar os porquês. Caso utilize errado, haverá desconto de pontos na correção.
Qual é a parte boa disso? O uso dos porquês é um conteúdo muito fácil. Então você não terá dificuldade de entender.
Existe uma regrinha geral no uso dos porquês, mas ela não é unanime. Logo você irá entender o quanto ela é importante, principalmente para te ajudar na hora da prova, caso você esqueça-se de alguma das funções dos porquês.
A regra geral é que o por que – separado – sempre usa-se para perguntas diretas ou indiretas. E o porque – junto – sempre usa-se para respostas.
POR QUE
Usado em três situações:
A- Quando, depois dele, subentende-se a palavra razão ou motivo.
Exemplo: Por que você não foi ontem?
Dica: Procure encaixar a palavra razão ou motivo na sequência da palavra por que.
Exemplo de observação: Por que (razão) você não foi ontem?
Exemplo secundário: Vou explicar-lhe por que não fui.
(Vou explicar-lhe por que (motivo) não fui.).
B- Quando é substituível por pelo qual e suas variações. (pelos quais / pela qual / pelas quais, etc..)
Exemplo: A aprovação por que lutamos está próxima.
Exemplo de observação: A aprovação pela qual lutamos está próxima.
Exemplo secundário: São tristes as situações por que ela tem passado.
(São tristes as situações pelas quais ela tem passado.).
C- Perguntas diretas e longe do sinal de pontuação.
Exemplo: Por que você não foi ontem? Por que ele voltou?
Exemplo de observação: Por qual razão você não foi ontem? Por qual motivo ele voltou?
POR QUÊ
Empregado no final das orações (junto com a pontuação).
Exemplo: Você não foi ontem por quê?
Exemplo de observação: Eles nos traíram, mas jamais saberemos o por quê.
A ideia do por quê separado e com acento é a mesma do por que separado e sem acento. A regra gramatical implica apenas em usar uma acentuação gráfica para diferenciar qual vai perto da pontuação, seja interrogação ou ponto final.
PORQUE
Empregado em frases afirmativas/respostas. E geralmente, equivale a pois ou como.
Então quando for escrito porque junto, além de ser uma afirmativa e uma resposta, você vai substituir pelas palavras: pois ou como.
Exemplo: Faltei à aula porque precisei viajar.
Exemplo de observação: Faltei à aula, pois precisei viajar.
Exemplo secundário: Porque estudava muito, conseguiu a aprovação.
Exemplo de observação: Como estudava muito, conseguiu a aprovação.
PORQUÊ
Significado aproximado de razão/motivo. Está sempre precedido de determinante. Pode ser um artigo, um pronome, etc… E, além disso, ele é um substantivo, que também indica a razão e a causa, o motivo.
Exemplo: Eu não sei o porquê dessa grosseria.
Exemplo de observação: Eu não sei a razão dessa grosseria.
Exemplo secundário: Não houve um porquê específico para o comportamento dele.
Exemplo de observação: Não houve um motivo específico para o comportamento dele.