Antes de tudo, é importante ter cuidado na diferenciação dos conceitos de semântica e estilística. A primeira se refere ao estudo do significado, ou seja, a relação entre os significantes (palavras, sinais, frases e símbolos) e o que representam. Em seguida, a semântica procura estudar os significados dos elementos que constituem as palavras, nos termos como um todo e nas frases inteiras.
Por outro lado, a estilística estuda as variações da língua e sua utilização. Dentro do conteúdo de estilística estão inclusa a estética da linguagem, as diferentes aplicações nos contextos e situações. Por isso, a estilística determina conexões entre forma e efeito dentro da variedade da língua. Para essa ação, empregam-se recursos linguísticos para explicar determinadas expressões.
Outro ponto importante é saber diferenciar traço estilístico e erro gramatical. O primeiro acontece quando há intenção estética e expressiva para justificar o desvio da norma gramatical. O erro gramatical, no entanto, não apresenta intenção estética, mas sim um desconhecimento das regras.
Para estudar a Semântica, é necessário interpretar o texto e dominar a sua significação ampla e específica. A Semântica permite maior comunicação, logo, maior abrangência. Os conceitos mais populares vinculados à Semântica, na prática, são os seguintes:
O sinônimo é utilizado para expressar o mesmo sentido com palavras diferentes. Mas pode acontecer também que a palavra escolhida não “queria” dizer exatamente a mesma “coisa”, uma vez que há palavras específicas para descrever determinada “coisa”. Porém, o sentido chega a ser muito perto, muito parecido, dando, portanto, a interpretação correta. Por exemplo, o verbo “criar” e “produzir” podem ser considerados sinônimos. “Almejar” e “desejar” também.
Já o processo de antonímia é justamente o contrário! Antônimas são duas palavras que apresentam significados totalmente opostos. Na prática, pode-se dizer que é mais fácil observar os antônimos, já que as ideias que se contradizem parecem ficar mais óbvias na cabeça das pessoas (ou não?). Os advérbios “bem” e “mal” são antônimos. As palavras “vivo” e “morto” também. Dependerá muito do contexto – como, aliás, praticamente tudo na Língua Portuguesa!
Dizemos que são Homônimas aquelas palavras que podem apresentar muita semelhança entre a escrita e a sonoridade, e ainda possuírem significados diferentes. Há diversos casos de homonímia, como estes:
A Polissemia também está relacionada com os homônimos. A polissemia ocorre quando uma palavra pode até ter uma grafia “fixa”, mas o seu significado é completamente diferente. Dependendo do contexto, as palavras podem ser interpretadas de forma diferente. Por exemplo: a palavra “banco” pode descrever inúmeros significados (banco = assento de uma praça, banco = assento de madeira/tamborete, banco = instituição financeira, banco = verbo bancar: eu banco).
Na Semântica também existe a diferença entre os termos “técnicos” Conotação e Denotação. A Conotação diz respeito ao significado que não está presente nos dicionários, logo, a partir de contextos, é possível interpretar de forma diferente determinada palavra (o significado fica “aberto”, dando margem a outras significações). Já a Denotação ocorre quando o significado presente no dicionário não permite outra interpretação. Por isso a necessidade de interpretar e compreender o significado da palavra dentro de um texto! A significação está “fechada”, não há margem para entendermos outra “coisa”.
Para a explicação de Hiperônimo e Hipônimo, é mais fácil observar os exemplos:
“Automóvel” é o hiperônimo de “carro”, pois podemos dizer que, na hierarquia dos significados, tal palavra está “acima” da segunda, uma vez que é mais “generalizante”, entende? Por outro lado, a palavra “formiga” é hipônimo de “inseto”, pois expressa ou determina apenas uma das espécies de inseto existente no mundo.
Percebe-se então que o conjunto de palavras denominam o grau do conjunto, se é de ordem “crescente” ou “decrescente”. Como se fosse uma “cadeia alimentar” das palavras!
A colocação pronominal se define como o uso do pronome oblíquo junto ao verbo. De maneira geral a colocação pronominal pode se resume como sendo a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo.
Os pronomes oblíquos átonos possuem a função sintática de complementar o verbo, mas existem diversas regras que devem ser respeitadas, para que sua colocação em relação ao verbo seja feita de forma correta. Vale lembrar também que os pronomes oblíquos átonos são: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.
Os pronomes oblíquos átonos podem assumir três posições na oração em relação ao verbo:
Próclise: pronome antes do verbo;
Ênclise: pronome depois do verbo;
Mesóclise: pronome no meio do verbo;
Para facilitar o estudo da Estilística, ela se divide em quatro campos, sendo eles:
Os recursos estilísticos são meios que se utilizam pela Estilística para individualizar os estilos, a depender das funções da linguagem empregadas. Nisso, nos referimos às funções emotiva, referencial, poética, conativa, metalinguística e fática.
Sendo assim, a Estilística faz uso dos seguintes recursos linguísticos empregados pela língua:
Exemplo: A fera foi controlada pelo domador x Ela fica uma fera quando a ignoram.