De acordo com o balanço do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) o Brasil fechou o mês de dezembro de 2022 com um saldo negativo de 431.011 empregos com carteira assinada. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (31) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Dessa forma, foram 1.382.923 milhões de contratações e 1.813.934 desligamentos de trabalhadores formais para dezembro. Além disso, o número total de empregos com carteira assinada caiu 1%, fechando o ano passado em 42.716.337.
Para o acumulado de 2022, houve um saldo positivo de 2.037.982 de empregos. Isso ocorreu de acordo com 22.648.395 contratações, assim como 20.610.413 desligamentos no ano passado.
Além disso, os dados do novo Caged também mostram os cinco setores de atividades econômicas que apresentaram saldo negativo de empregos para dezembro de 2022. Nesse sentido, o setor de serviços apresentou a maior queda, com 188.064 postos a menos.
Logo em seguida vem o setor das indústrias no geral, com um saldo negativo de 114.246 vagas de emprego, sendo que 112.992 foram na indústria de transformação. Em terceiro lugar vem o setor da construção (-74.505), seguido da agropecuária (-36.921) e por fim o comércio, com saldo negativo de 17.275 postos.
O novo Caged também traz dados sobre os trabalhadores na modalidade intermitente. Sendo assim, foram 24.333 admissões e 16.843 desligamentos nesta categoria para dezembro de 2022, o que demonstra um saldo positivo de 7.490 empregos.
Trabalho intermitente, para quem não conhece, é uma prestação de serviço não contínua, porém, com subordinação. Inclusive, o trabalhador também pode prestar serviço a outros contratantes.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego: “Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+4.893 postos), comércio (+2.510 postos), construção (+205 postos), agropecuária (-3 postos) e indústria (-115 postos)”.
Além disso, também existe uma modalidade de trabalho chamada de regime parcial, na qual não excedem as 30 horas semanais de serviço. Nessa categoria, houve 11.674 admissões e 23.886 demissões, gerando um saldo negativo de 12.212 empregos, que envolveram 5.532 estabelecimentos contratantes.
Segundo os dados do Caged, em junho do ano passado todas as 27 unidades federativas que compõem o Brasil fecharam com saldo negativo de empregos. Nesse sentido, São Paulo teve a maior queda, com 151.474 postos a menos, seguido de Minas Gerais (-45.761) e Santa Catarina (-39.268).
Com relação às regiões, o pior cenário foi em fevereiro, com o Sudeste fechando o mês com 212.362 postos de empregos a menos. Na sequência vem o Sul, que teve uma perda de 102.993, depois o Nordeste com menos 52.018, o Centro-Oeste com 35.740, e por fim a Região Norte, com 27.143 postos a menos.