Uma boa parcela de renomados economistas do mercado financeiro projetam que o cenário atual de desemprego no país, que hoje alcança 11,6%, deverá seguir acima dos dois dígitos até pelo menos 2015, mesmo na melhor das hipóteses. E caso isso aconteça, o país vai completar ao menos 10 anos com o índice de desemprego acima de 10%.
Esse período tão alto em que o desemprego no Brasil está acima dos 10% é muito prejudicial, tanto para a economia do país como também para a parte social. Assim, se agrava a já debilitada qualidade de vida de muitas famílias no país. Por trás do desemprego, também aparece a dificuldade do Brasil em sustentar melhores posições no ranking de Produto Interno Bruto (PIB).
Desde 2016, o Brasil já está registrando mais de 10% de desemprego, de acordo com as estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ainda não foram divulgadas as expectativas por parte do Banco Central para depois de 2025. Assim, a única estimativa até o momento é que nos próximos três ou mais anos o desemprego deverá continuar em altos patamares.
Segundo analistas, o PIB do Brasil somente vai começar a crescer a partir do momento em que a taxa de desemprego descer. Se esse período de dez anos for atingido, pela primeira vez na história o Brasil vai completar uma década com o desemprego na casa dos dois dígitos.
De acordo com dados que foram compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a partir do início das pesquisas do IBGE entre 1992 e 2014, o índice de desemprego não ficou muito acima de 10% durante esse período.
Falta de emprego é um reflexo de que o país está em recessão econômica
O desemprego elevado é um reflexo de que o país está em uma crise econômica, que inclusive não começou agora. É preciso crescer em média mais de 2% para que o desemprego chegue a um patamar inicial interessante, algo que o Brasil não está conseguindo. Na última estimativa feita pelo FMI, o maior país da América Latina deverá crescer apenas 0,30% em 2022.
O mais provável é que o Brasil tenha de conviver com o desemprego na casa dos dois dígitos por pelo menos mais alguns anos, esperando que após esse período, finalmente as coisas melhorem.
Com o prolongamento da crise econômica, o mercado de trabalho no Brasil está se sentindo pressionado. Desde 2014, que prometia ser o ano da geração de empregos no país por conta da Copa do Mundo, o desemprego só está acelerando, que não se estendeu apenas durante o governo de Dilma Rousseff, mas também para os seguintes.
Os economistas apontam que uma coisa é passar por uma recessão econômica durante alguns meses ou por até dois trimestres. Outra coisa é quando se passa por uma crise econômica de anos, como o Brasil enfrentou em especial de 2014 a 2016, em que seu PIB caiu mais de 6% e o desemprego acelerou.