Direitos do Trabalhador

Deputado critica valor do Auxílio Emergencial: “sinônimo de fome”

Para o Deputado Federal Alessandro Molon (PSB-RJ) o Governo Federal tinha a obrigação de pagar um valor maior do Auxílio

O Deputado Federal Alessandro Molon (PSB-RJ) voltou a fazer duras críticas ao valor do Auxílio Emergencial do Governo Federal. Na noite desta quinta-feira (22), Molon usou as suas redes sociais oficiais para dizer que o Planalto deveria estar pagando uma quantia maior no benefício.

Entre outras coisas, Molon disse que o valor desse auxílio seria uma espécie de “sinônimo de fome”. Ele argumentou que com esse dinheiro não dá para comprar itens básicos nas principais cidades do país. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, de fato esse auxílio não é suficiente para comprar uma cesta básica.

O Deputado disse ainda que o Governo Federal não pode ver o pagamento do Auxílio Emergencial como um favor. Ele disse, entre outras coisas, que o Planalto tem o dever de pagar um “auxílio digno” para as pessoas neste momento.

Ele citou ainda a Constituição Federal. Neste ponto, ele disse que o Governo Federal estaria ferindo a parte que diz que todo brasileiro precisa de dignidade humana. Nesse ponto, ele argumenta que não seria possível ter dignidade recebendo os valores desse Auxílio Emergencial.

De acordo com as informações oficiais, o novo Auxílio Emergencial tem valores que variam entre R$ 150 e R$ 371. Ainda segundo o Ministério da Cidadania, a maioria das pessoas vai mesmo receber esse valor mais baixo de R$ 150. Além disso, apenas uma minoria vai receber o valor mais alto de R$ 375.

O que diz o Governo

A crítica de Molon não é primeira, e certamente não será a última, sobre o valor desse Auxílio Emergencial do Governo Federal. O Palácio do Planalto não vem comentando muito essas críticas mais específicas de cada um desses parlamentares de oposição.

Seja como for, eles estão reconhecendo, no geral, que o valor desse auxílio é realmente baixo. Em entrevista recente, o Presidente Jair Bolsonaro disse que as pessoas não podem usar esse valor como uma espécie de renda total e sim como parte de uma renda complementar.

Para o Presidente, esses valores não são suficientes para viver nas atuais condições do Brasil, mas ele argumentou que essa quantia pode ajudar nas contas da casa de alguma forma. Por isso, ele acredita que o Auxílio Emergencial vai acabar ajudando muita gente de qualquer forma.

Auxílio Emergencial

Tecnicamente falando, o Ministério da Economia vem afirmando que o Governo não pode gastar muito com os pagamentos desse Auxílio Emergencial. O próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, diz de forma recorrente que o país precisa respeitar o teto de gastos.

No caso do Auxílio Emergencial, esse teto de gastos é de R$ 44 bilhões. Então esse é o montante que o Governo Federal tem para usar nos pagamentos do benefício. De acordo com as informações oficiais, eles liberaram mais de R$ 4 bilhões desde o início dos pagamentos no dia 6 de abril.

Ainda de acordo com as informações oficiais, os beneficiários do programa irão receber quatro parcelas. Boa parte dos informais e dos beneficiários do Bolsa Família receberam a primeira parcelas dos pagamentos. O próprio Governo não nega a possibilidade de aumento de parcelas, mas nega qualquer chance de aumento no valor.