O mercado financeiro e especialistas em finanças apresentaram estimativas positivas acerca dos juros básicos da economia nacional, a taxa Selic. Todavia, houve uma redução expressiva nas expectativas relacionadas ao índice anual para o fim de 2023 e início de 2024 e também para a pressão inflacionária deste ano.
A princípio, esses dados sobre a expectativa do mercado financeiro a respeito da taxa Selic, os juros anuais, são parte do Relatório Focus, do Banco Central, apresentado nesta semana. A pesquisa ouviu cerca de 100 instituições financeiras na semana passada, sobre as estimativas relacionadas à economia do país.
Desse modo, essa redução das estimativas do mercado financeiro a respeito dos juros, se deve ao fato de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, realizou um corte na taxa Selic na semana passada. Houve uma redução de 13,75%, para 13,13,25%, ao ano, o que animou os especialistas econômicos.
Vale ressaltar que essa foi a primeira redução dos juros básicos da economia nos últimos três anos. O Banco Central após tomar a decisão de reduzir o índice, fez um anúncio no qual afirmou que irá manter esses cortes na taxa Selic daqui pra frente. Portanto, com essa notícia, o mercado financeiro está um pouco mais otimista.
Neste sentido, o mercado financeiro reduziu suas estimativas para a taxa Selic. Para o ano de 2023, há a expectativa de que os juros anuais caiam de 12% para 11,75%. Além disso, para o final de 2024, espera-se que o índice caia de 9,25% para 9% ao ano. O Banco Central leva em consideração a inflação do período.
Ademais, o Banco Central utiliza a taxa Selic para tentar combater a inflação, aumentando o índice ou ainda decidindo pela sua manutenção. Dessa maneira, a instituição está considerando a pressão inflacionária e a meta do Governo Federal para o ano que vem .Há também uma expectativa do índice de preços para 2025.
Deve-se observar que as decisões do Copom, do Banco Central, relativas à taxa Selic geram um impacto na economia do país depois de seis a 18 meses de sua implementação. Analogamente, o mercado financeiro estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique na casa dos 4,84% no ano de 2023.
De todo modo, a expectativa do mercado para a inflação este ano ainda é maior do que a meta do Governo Federal, que é de 3,25%. O índice foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Aliás, a meta governamental será cumprida neste ano se a pressão inflacionária nos últimos 12 meses ficar entre 1,7% e 4,7%.
Dessa forma, se houver uma confirmação a respeito da expectativa do mercado financeiro frente a inflação do país para 2023, este será o terceiro ano seguido em que o Governo Federal não conseguirá bater a meta estipulada. Caso isso ocorra, o IPCA então estará acima do teto inflacionário estabelecido pelo Palácio do Planalto.
É importante mencionar que a inflação de 2022 ficou em 5,79%. Quando há um aumento do índice de preços, a população brasileira acaba por perder seu poder de compra. Os cidadãos que possuem uma renda menor são os mais atingidos pela inflação, já que os preços sobem mas seus salários continuam o mesmo.
Em síntese, o mercado financeiro apresentou no Relatório Focus, uma estimativa sobre a inflação de 2024. Neste caso, o índice de preços sofreu uma redução de 3,89% para 3,88%. O Conselho Monetário Nacional estima uma pressão inflacionária de 3%. A meta será cumprida se o índice ficar entre 1,5% e 4,5%.
De acordo com o Relatório Focus do Banco Central, a estimativa do mercado financeiro sobre o Produto Interno Bruto (PIB), é a de que o índice tenha um aumento de 2,24% para 2,26% este ano. Em suma, esse índice é importante, visto que serve como um indicador para se observar como anda a economia do país.
Em conclusão, o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território nacional. A projeção do mercado financeiro se deu devido ao anúncio do resultado do mesmo no primeiro trimestre de 2023.
Houve um aumento de 1,9% na comparação com o último trimestre do ano passado, bem acima do esperado. Com essas informações, ao que parece, o Banco Central vê um cenário positivo e pode reduzir a taxa Selic.