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Dependência emocional: O que é? Quais os sintomas? Como lidar?

Entenda quando o amor e o afeto passam dos limites.

dependência emocional surge de uma maneira sutil, mascarada e rotulada como “amor intenso e incondicional”. Frases como “não vivo sem esta pessoa” são comuns e, inicialmente, podem parecer recheadas de sentimentos positivos.

Porém, quando o indivíduo projeta todo o equilíbrio de sua vida pessoal, carreira profissional, vida financeira e social em outra pessoa, ele se anula. E ao se anular, cria uma necessidade de ter o outro que ultrapassa qualquer limite do aceitável.

Aqui se instaura a dependência. E a partir disso, ambos os envolvidos no laço dependente passam a sofrer as consequências. Entenda mais sobre este importante tema no nosso artigo de hoje.

O que é a dependência emocional?

A dependência emocional pode ser caracterizada como uma necessidade intensa de ter a pessoa o tempo todo disponível para si. O dependente sente uma necessidade irracional de que quem está ao seu lado dê atenção exclusivamente para ele.

Esta necessidade excessiva de cuidados pode levar o indivíduo ao comportamento de submissão e apego exagerado.

É como se a felicidade, o desenvolvimento e qualquer conquista, estivessem relacionadas com a companhia da outra pessoa. O dependente sente dificuldades de tomar decisões, colocando nas mãos do outro o poder sobre a sua vida.

A partir disso, os sentimentos de amor e afeto, que são genuínos, evoluem para algo patológico, onde o dependente só se sente completo, feliz e capaz quando há a outra pessoa ao seu lado.

Vale destacar que este tipo de dependência pode aparecer em relacionamentos amorosos, familiares e de amizade. Além disso, costuma ter um crescimento gradativo dos sintomas, o que pode dificultar o diagnóstico precoce.

Quais os sintomas e como identificar?

Os sintomas deste transtorno psicológico podem variar de acordo com o nível de dependência no qual o sujeito já está inserido. Entretanto, podemos listar os principais sinais, que são:

  • Ciúme excessivo: Por justamente ter medo do abandono.
  • Dificuldades para demonstrar desacordo: O dependente aceita tudo que a outra pessoa diz, sem emitir uma opinião própria por depender do pensamento alheio.
  • Extremismos: É capaz de se sujeitar a coisas extremas para receber atenção e carinho. Isso inclui atitudes agressivas e violentas.
  • Apresenta medo irreal de abandono: Sufocando a pessoa ao seu lado e fazendo com que ela “largue tudo” para demonstrar que não irá abandoná-lo.
  • Dificuldade para iniciar projetos: Tendo em vista que sempre precisará de opiniões alheias.
  • Sente-se incapaz para tomar decisões: Deixando na mão de outra pessoa as suas responsabilidades.

É possível perceber um certo padrão caracterizado por questões afetivas sempre insatisfeitas, como se o sujeito precisasse de “doses maiores” da outra pessoa, a cada dia. Podemos até ver traços com outros tipos de dependências e vícios.

Como lidar com a dependência emocional?

Para lidar coma  dependência emocional o primeiro passo é reconhecê-la. Perceber o relacionamento patológico é importante para que o sujeito saiba buscar a ajuda correta.

Aqui, a psicoterapia se faz necessária para que seja possível trabalhar a autoestima e o autoconhecimento do dependente. Assim, o mesmo passará a criar uma rotina de acordo com as suas necessidades, e não tentando encaixar a sua vida nas necessidades de outra pessoa.

Além disso, uma medida que pode auxiliar a lidar com o problema é justamente criando laços afetivos com mais pessoas. Pois dessa forma é possível criar um círculo de amizade mais fluído, com diversos níveis de confiança e sentimentos, sem sobrecarregar nenhuma relação.

Por fim, lembre-se que todos nós somos capazes de sermos suficientes, e somos mais do que completos para nós mesmos.

Não precisamos de alguém para sermos felizes, mas sim, podemos contar com alguém para compartilharmos as nossas felicidades. E isso pode acontecer sem excessos.