Arthur Lira diz que é contra prorrogação do Auxílio Emergencial

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a dizer nesta segunda-feira (7) que é contra a prorrogação do Auxílio Emergencial. De acordo com ele, o melhor a se fazer agora é procurar aprovar um programa que fique no lugar do atual benefício.

Esse novo programa seria justamente a nova versão do Bolsa Família. O Ministro da Cidadania, João Roma, vinha dizendo que estava preparando esse novo projeto para começar os pagamentos no próximo mês de agosto. Dessa forma, ele entraria logo depois do fim do Auxílio Emergencial.

Essa história, no entanto, foi esfriando com o passar das semanas. O próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha afirmando que o mais provável era mesmo prorrogar o Auxílio Emergencial. Se depender do Presidente da Câmara, não é isso o que vai acontecer de fato.

“O auxílio deve ficar entre julho e agosto. Eu não acho que a melhor solução seja postergá-lo. Nós temos que ter um projeto viável para ainda antes do recesso votar um projeto de renda permanente em substituição ao Bolsa Família, inclusive sendo mais socialmente mais palatável”, disse ele.

“Eu acredito que nós tenhamos condições de votar este programa antes do final do auxílio (emergencial) e ele deve começar a vigorar ainda esse ano. O valor, os números, virão do quanto a gente puder mexer e onde pode mexer sem ferir nenhum princípio do teto de gasto, das responsabilidades fiscais”, completou.

Opiniões divergentes

Essa visão de Lira mostra mais uma vez que os diferentes membros do Governo Federal possuem pensamentos muito distintos quando o assunto é o Auxílio Emergencial. Parte quer prorrogar o programa por mais alguns meses, no entanto outra parte acredita que esse não é o melhor caminho.

Em discurso recente, o Presidente Jair Bolsonaro criticou duramente as pessoas que estão pedindo uma prorrogação no Auxílio. Na ocasião, ele mandou esses brasileiros pegarem um empréstimo em um banco se estiverem de fato precisando do dinheiro.

A grande questão é que existem pessoas dentro do próprio Governo de Bolsonaro que estão admitindo a possibilidade de prorrogar o benefício. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pode fazer isso. O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que é um aliado do Presidente, disse que vai começar a conversar com os senadores para aprovar uma prorrogação por um ou dois meses.

Auxílio Emergencial

Caso a opinião de Arthur Lira vença e o Auxílio não tenha uma prorrogação, então a ideia seria criar um novo programa social. No entanto, se sabe que esse novo projeto não teria a capacidade de abranger a mesma quantidade de pessoas que o benefício abrange.

Hoje, de acordo com os dados do Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de brasileiros estão recebendo o Auxílio Emergencial no Brasil. Nem na hipótese mais otimista, dá para considerar que o novo Bolsa Família conseguiria atender essa quantidade de gente.

O Governo Federal até quer aumentar o número de beneficiários do Bolsa Família, mas não para este patamar de 39 milhões. É que o programa tem um limite de pagamentos. É por isso que a mudança do Auxílio para o novo projeto tende a deixar muita gente do lado de fora dos pagamentos. Agora é esperar para ver o que vai acontecer.

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