Nos últimos meses, os brasileiros sofreram com os juros elevados no país. A situação ficou bastante difícil para os consumidores que queriam contratar crédito ou comprar imóvel ou automóvel, visto que os juros destas operações estavam bastante elevados.
O problema é que, mesmo com tantos meses de taxas altas, a péssima notícia que acaba de sair hoje no Notícias Concursos é que os juros devem seguir nesse mesmo patamar elevado no primeiro semestre de 2023. Pelo menos é isso o que indicam as projeções de analistas, que acreditam em uma queda na taxa de juros apenas a partir da segunda metade deste ano.
Em resumo, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, encontra-se no maior patamar desde o final de 2016. Isso quer dizer que os brasileiros estão tendo que pagar mais caro em diversas áreas da economia, pois a Selic impulsiona os juros no país.
Por exemplo, o crédito imobiliário ficou mais salgado e os juros bancários não param de subir no país. Ademais, é importante salientar que empréstimos e financiamentos estão mais caros – ou seja, bancos e outras instituições financeiras podem cobrar juros mais altos nessas operações.
Nesse sentido, isso mostra que houve uma elevação no custo de vida no Brasil nos últimos tempos, e atrelado a isso, um outro fator: a renda média da população não subiu da mesma maneira.
De acordo com analistas, a taxa Selic deve continuar no mesmo patamar ao menos até o terceiro trimestre deste ano. Apenas em setembro, quando ocorrerá uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que a taxa Selic deve cair 0,25 ponto percentual, de 13,75% para 13,50% ao ano.
Em outras palavras, os brasileiros terão que enfrentar os juros elevados por mais alguns meses. Aliás, o Copom manteve em março, pela quinta vez consecutiva, a taxa Selic estável em 13,75% ao ano. Esse é o maior patamar desde novembro de 2016, quando a taxa estava em 14,00% ao ano.
Para quem não sabe, o Copom elevou 12 vezes consecutivas a taxa Selic, entre março de 2021 e agosto de 2022. Em suma, essa foi a maior sequência de elevações da taxa Selic em 23 anos. No entanto, os avanços cessaram desde setembro do ano passado. E, de lá pra cá, os juros se mantiveram estáveis.
O principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação do país. Em síntese, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor. Como consequência, desaquece a economia do país, limitando o avanço da chamada “inflação por demanda”.
Quando a Selic sobe, encarece o crédito, reduzindo a busca das pessoas por empréstimos. Dessa forma, o consumo tende a diminuir, uma vez que a população passa a ter menos dinheiro em mãos.
Como a demanda diminui, os preços começam a cair, desacelerando a inflação, mas isso só acontece com o tempo. Por isso que o BC não reduziu a taxa Selic ainda, apesar do recuo da inflação em 2022.
Vale destacar que uma inflação controlada traz diversos benefícios para a economia do país, como:
Nos últimos meses, a inflação vem perdendo força no país. Inclusive, o governo federal vem tentando convencer o BC a reduzir os juros mais velozmente. Contudo, a expectativa é que isso não aconteça, e que a taxa Selic se mantenha no mesmo patamar por mais cinco meses.
Vale destacar que a junção de juros e inflação elevados aumentam o endividamento e a inadimplência no Brasil, que bateram recorde em 2022. E o cenário não deverá ter uma melhora significativa em 2023, visto que os juros deverão continuar elevados, bem como a inflação.
Em resumo, os juros mais altos pressionam a renda dos brasileiros. Isso acontece porque compras parceladas, geralmente feitas por pessoas de renda mais baixa, passam a ter juros mais elevados. E, muitas vezes, as famílias acabam atrasando o pagamento e sofrem com os juros e multas devido aos atrasos.
Para fugir desse cenário, os brasileiros podem seguir algumas dicas simples, mas bastante eficazes, que podem livrar muita gente de grandes dores de cabeça: