Economia

De cair da cadeira, motoristas brasileiros recebem NOVA DECEPÇÃO HOJE (18/05)

Nesta terça-feira (16), a Petrobras anunciou oficialmente que o preço médio do litro da gasolina e do diesel passaria por uma redução já a partir desta quarta-feira (17). Contudo, relatos de motoristas indicam que ao menos durante as primeiras horas do dia, ainda não foi possível sentir qualquer tipo de diferenciação neste sentido.

De todo modo, a avaliação da Petrobras é de que a redução nos preços da gasolina e do diesel devem ocorrer ainda nas próximas horas, assim que a maioria dos postos receberem a ordem de redução do valor. A expectativa é de que todos os motoristas brasileiros comecem a sentir a diferença nos valores ao menos até o fim desta quarta-feira (17).

Ainda na terça-feira (16), o Ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB) chegou a anunciar que estava autorizando uma investigação para verificar se os postos estão repassando as quedas dos preços ao consumidor final. Ele não explicou, no entanto, qual seria a punição que os donos dos estabelecimentos poderiam ter que sofrer em caso de descumprimento da ordem.

Por outro lado, analistas afirmam que não existe nenhuma lei no Brasil que obrigue os donos dos postos de gasolina a reduzir o preço dos combustíveis, de modo que eles podem definir qualquer valor. Seja como for, se entende que na maioria dos casos, a redução do preço da Petrobras acaba tendo impacto direto na maior parte dos estabelecimentos.

Ao cidadão, vale lembrar o direito de escolher abastecer no posto de sua preferência, com o preço que ele achar justo. Desta forma, a dica para economizar é pesquisar quais estabelecimentos na sua região já estão oferecendo os valores corrigidos a partir da nova redução estabelecida nesta semana pela Petrobras em todo o Brasil.

Preço pode subir de novo

A redução dos preços da gasolina e do diesel fazem parte do primeiro processo de encerramento da política de paridade internacional (PPI). A Petrobras anunciou ainda nesta terça-feira (16) que vai trocar este sistema por um novo, que deverá repassar menos os impactos do sistema internacional de valores ao consumidor final.

Contudo, o fato é que o novo sistema não deverá deixar completamente de lado o impacto internacional. Em entrevista concedida à CNN Brasil, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates disse que o Brasil não pode simplesmente seguir os exemplos de países como Venezuela e Bolívia.

“A nossa proposta deverá ser a mesma de qualquer empresa que faz os seus preços. Mas mesmo os países que são autossuficientes em petróleo não podem se desgarrar completamente do impacto internacional. Ele vive na comunidade internacional. Os países que fizeram isso (deixaram de considerar os preços internacionais) não se deram bem”, disse o presidente da Petrobras.

“Eles (os países) deram de graça gás, como no caso da Bolívia, ou diesel, como no caso da Venezuela, para os seus cidadãos acreditando que iam turbinar a economia com um combustível totalmente desgarrado da lógica internacional. Isso não dá certo também”, seguiu Jean Paul Prates.

Como o Brasil não vai se desvincular completamente dos preços internacionais mesmo com o fim do PPI, o fato é que os valores de combustíveis como gasolina, etanol e diesel podem voltar a subir. De acordo com a Petrobras, no entanto, a elevação não será tão forte e tão imediata como acontecia dentro do sistema do PPI.

As reduções

Logo depois de anunciar o fim da política de paridade internacional, a Petrobras anunciou o percentual de redução de itens como gasolina, diesel e também do gás de cozinha de 13kg que é vendido ao consumidor. A estatal não nega a possibilidade de novas reduções nos valores no decorrer dos próximos meses.

Veja a tabela de reduções que começam a valer a partir desta quarta-feira (17).

– Gasolina: – R$ 0,40 por litro (-12,6%);
– Diesel: – R$ 0,44 por litro (-12,8%);
– Botijão de 13kg: – R$8,97 (-21,3%).