Curiosidades sobre a CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan

Conheça mais da vacina que está sendo desenvolvida no instituto

O Instituto Butantan iniciou o processo de fabricação da CoronaVac no dia 10 de dezembro. A CoronaVac, imunizante da farmacêutica chinesa Sinovac, foi desenvolvida em parceria com o instituto e é a primeira vacina contra a Covid-19 a ser produzida no Brasil.

A produção da CoronaVac no Instituto Butantan em São Paulo tem como objetivo a fabricação de mais de 40 milhões de doses até meados de janeiro de 2021. Sem data definida para o início da vacinação no Brasil, o governo de São Paulo espera iniciar seu plano de imunização no dia 25 de janeiro do próximo ano.

O Imunizante da Sinovac usa uma tecnologia bastante conhecida de imunização no meio científico e que é usada há muitos anos no Brasil e no mundo. A vacina é composta por uma versão inativada do vírus que não permite que ele se reproduza no corpo humano. Mas se por um lado a experiência traz confiança, por outro temos o valor mais alto, uma vez que é necessário cultivar uma grande quantidade de vírus em laboratório.

Expectativa é que vacina da CoronaVac possa ser aplicada em janeiro de 2021
Fonte: Pixabay

O que falta para a aplicação da CoronaVac no Brasil

Estudos feitos em outros países como a Turquia, demonstraram a segurança e eficácia da CoronaVac. A Turquia inclusive já teve a aprovação do órgão regulador de saúde responsável e deve começar seu programa de imunização em massa até o início do ano que vem.

Em função da pandemia mundial da Covid-19, todo o processo que envolve a fabricação e aprovação foi acelerado. De qualquer maneira, espera-se que o órgão regulador de cada país aprove a vacina de acordo com os protocolos de segurança e, ainda, da eficácia de imunização.

No momento aguarda-se o envio dos resultados dos estudo clínicos da fase 3 de testes do imunizante da Sinovac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A data prevista de entrega era amanhã (15), porém o Instituto Butantan acaba de adiar a entrega para o dia 23 de dezembro.

Especialistas da saúde alertam que não basta uma vacina ser segura, é preciso comprovar sua eficácia e é exatamente o que a fase final de testes deve atestar.

Uma vacina deve ter uma taxa de eficácia de 70%, mas diante do cenário atual da pandemia causada pela Covid-19 é possível aprovação com uma taxa inferior.

Uma vez comprovada sua eficácia, os resultados devem ser apresentados à Anvisa que poderá solicitar o registro da vacina ou mesmo uma permissão para uso emergencial.

Efeitos Adversos da CoronaVac

As análises da CoronaVac no país estão fase final e, de acordo com os testes realizados até o momento, a vacina vem se mostrando segura. A maioria dos eventos adversos da CoronaVac constatados até agora no Brasil e no mundo foram leves, como febre baixa, dor de cabeça e dor no local da injeção. Em todos os casos os pacientes se recuperaram em até 48 horas.

O funcionamento da CoronaVac

A CoronaVac usa vírus inativados que foram expostos em laboratório ao calor e produtos químicos, e assim não são capazes de se reproduzir. O processo de funcionamento começa logo após a aplicação do imunizante. As células do nosso corpo ativam o sistema imunológico que, por sua vez, capturam os vírus inativados. Em seguida os linfócitos são ativados para combater os microrganismos através de anticorpos, que se ligam aos vírus e impedem que os mesmos infectem nossas células.

Ao mesmo tempo, a produção de células do sistema imunológico aumenta e destrói as células que já foram infectadas pelos vírus do imunizante. Todo esse processo é responsável por permitir uma reação imune mais ágil caso o vírus venha a infectar o paciente novamente.