A história do Brasil é fortemente marcada pela presença da população afro-descendente, contudo, os feitos de pessoas negras, sobretudo de mulheres negras, dificilmente recebem a devida atenção.
Muitos cientistas, escritores, artistas, e pensadores negros que fizeram diferença na história do país são desconhecidos pela maioria dos brasileiros. Nesse sentido, a valorização das suas trajetórias é quase nula.
Por esse motivo, apresentamos uma lista com 5 mulheres negras que marcaram a história do Brasil em diferentes períodos. Confira!
Tereza de Benguela viveu no século 18 e foi casada com José Piolho, líder de um quilombo que ficava às margens do rio Guaporé, localizado no atual estado de Mato Grosso. Após a morte do marido, Tereza passou a chefiar o Quilombo do Quariterê, o maior do Mato Grosso. Sob a liderança da rainha Tereza, como passou a ser chamada, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão durante vinte anos.
Contudo, em 1770, ela foi morta por soldados do Estado. Atualmente, no dia 25 de julho se celebra o Dia Nacional de Tereza Benguela.
Outra heroína negra, Dandara também é símbolo da luta contra a escravidão no país. Nesse sentido, Dandara lutou contra o sistema escravocrata e se tornou um dos maiores nomes da resistência quilombola do país no século 17.
Dandara possuía técnicas de capoeira e, assim, liderou a parte feminina do exército de Palmares. Acredita-se que a esposa de Zumbi dos Palmares tenha se suicidado em 1694, na queda do quilombo, quando foi presa.
Conhecida por ser a primeira mulher a publicar um romance no Brasil, Maria Firmina nasceu no Maranhão e sua primeira obra, Úrsula, foi publicada em 1860. Com uma história marcada pelo pioneirismo, a escritora fundou a primeira escola mista gratuita na sua região.
Além disso, Maria Firmina foi também a primeira mulher a ser aprovada em um concurso público no Maranhão, para exercer função de professora.
Uma das mulheres negras mais importantes para a literatura brasileira, Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais e teve sua vida atravessada pela miséria e pela fome.
Seu primeiro livro, intitulado Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, é uma obra emblemática da década de 60 e reflete a vida de Carolina como catadora de papel na favela do Canindé (SP), onde criou seus filhos e escreveu seus relatos. Além da prosa poética marcante, o livro é marcado também pela denúncia social.
Publicado em 1960, o livro foi traduzido para diversos idiomas e vendido em mais de 40 países.
Nascida em Santa Catarina e filha de uma ex-escrava, Antonieta de Barros, foi a primeira mulher negra a ser deputada estadual em todo o país, no ano de 1934.
Antonieta teve também forte atuação na Frente Brasileira para o Progresso Feminino, nesse sentido, foi uma árdua defensora da igualdade racial e de gênero no país. Assim, sua carreira foi marcada pela atuação em favor de políticas para educação de qualidade para as mulheres.
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