A crise na Venezuela já dura alguns anos e tem sido tema de discussões na mídia, no governo e na sociedade de modo geral.
Pela proximidade geográfica com o Brasil e por toda a importância para a história, é uma temática recorrente em vestibulares e no ENEM.
Por isso, é essencial entender o que está acontecendo com a Venezuela, o contexto social, o governo, as relações com demais países, entre outros detalhes.
A crise venezuelana começou no final do governo do ex-presidente Hugo Chávez, em 2013. Desde que foi iniciada, vem gerando a maior recessão da história do país.
Com isso, a maior parcela da população vive com o mínimo de recursos básicos disponíveis como: alimentos, remédios, energia elétrica, entre outros.
Ainda por cima, segundo o Banco Central da Venezuela – BCV o produto interno bruto (PIB) do país caiu mais de 50% entre os anos de 2013 e 2019.
Importante frisar que a Venezuela conta com pelo menos 30 milhões de habitantes e tem em seu poder as maiores reservas de petróleo do mundo. A queda nos preços do barril de petróleo foi um dos principais fatos geradores da crise.
Desta forma, uma hiperinflação instalou-se no país fazendo com que a população ficasse sujeita a racionamento de alimentos e outros produtos. Para se ter ideia, a escassez de produtos básicos como anticoncepcionais, por exemplo, tem feito a natalidade do país subir.
Diante de um cenário social, político e econômico devastado, as consequências não são poucas. Para citar somente outros pontos, houve aumento da criminalidade, violência e repressão policial.
A Venezuela foi atingida em cheio com a queda das cotações de petróleo em meados de 2015. Como é um dos maiores produtores de petróleo do mundo e sua economia é praticamente inteira ancorada na cadeia petrolífera, não conseguir suportar e quebrou.
A economia da Venezuela não foi ampliada para outros ramos como a indústria e agricultura. E com um único ramo de negócio para sustentar a economia, o país teve uma queda econômica drástica.
Houve redução de receita e de importações, a produção sofreu queda em função da restrição de investimentos e por decorrência de uma má gestão pública das empresas de petróleo.
A crise do petróleo fez com que as cotações do produto caíssem drasticamente. E essa desvalorização aconteceu por algumas razões, dentre as principais estão:
Todos esses fatores aliados à dependência das importações deixaram a Venezuela com uma crise econômica devastadora.
A inflação na Venezuela atingiu números astronômicos e por isso o governo adotou medidas como restrição a compra de dólares pelo povo. Além disso, imprimiu mais papel-moeda impactando ainda mais na inflação.
Já no campo político, a Venezuela encontra-se dividida entre Chavistas e opositores. O chavismo defende ideais socialistas e o seu principal partido é o Partido Socialista Unido da Venezuela.
O partido vem se mantendo no poder desde que houve uma alteração constitucional, estabelecendo que não há limite para a reeleição de um presidente.
Essas mudanças foram promovidas por Hugo Chávez, que morreu em 2013. O governo foi assumido pelo vice Nicolás Maduro, presidente até os dias de hoje.
O governo de Maduro vem sendo marcado por fortes protestos, além de denúncias de fraude nas eleições que o reelegeram. Diversos problemas foram gerados, inclusive sanções econômicas dos EUA contra o governo venezuelano.
Com tantos problemas enfrentados, muitos venezuelanos migraram para o território brasileiro.
Assim, houve um aumento populacional na região das fronteiras o que fez com que a população enfrentasse problemas estruturais como falta de moradia e precariedade no atendimento de serviços públicos.
Para se ter uma idéia do impacto dessa migração o Estado de Roraima solicitou ao STF – Supremo Tribunal Federal o fechamento das fronteiras com a Venezuela em 2018.
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