Nesta quinta-feira, 19, uma organização da Onu afirmou que a pandemia causada pelo coronavírus vai aumentar significativamente o desemprego, no mundo inteiro. É possível que 25 milhões de pessoas fiquem sem trabalho.
“A crise econômica e trabalhista criada pela pandemia de Covid-19 poderia aumentar o desemprego global em quase 25 milhões”, afirmou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um estudo, não deixando de considerar, porém, que ações internacionais coordenadas podem “reduzir significativamente” esse número.
Em comunicado, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, disse: “Isso não é mais apenas uma crise global de saúde, é também uma grande crise econômica e trabalhista que está causando um enorme impacto nas pessoas”.
O relatório da agência da ONU sugere que todos se preparem para um “aumento significativo no desemprego e subemprego” depois do o coronavírus.
As secretarias estaduais de Saúde de todo o Brasil divulgaram, até a madrugada desta quinta-feira (19), nada menos que 529 casos confirmados de novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil em 20 estados e no Distrito Federal.
Em São Paulo, já foi registrada a 4ª morte pelo coronavírus no Brasil, confirmada na última quarta-feira, 18 de março.
O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta quarta-feira, contabilizava 428 infectados. Além dos casos já confirmados, o Ministério da Saúde contabilizava na terça-feira:
De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, a pasta não mudará agora o critério adotado na fase de mitigação, e só as pessoas com casos graves serão testadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, na última sexta-feira (13), que os países apliquem testes em massa para descobrir quem está infectado e isolar esses pacientes para “achatar a curva” da disseminação da doença Covid-19.
Como parte do plano para combater o novo coronavírus (COVID-19), o Governo anunciou que vai conceder vouchers para repassar dinheiro à parcela da população que não tem trabalho formal. Para isso, o cidadão não deve receber valores de programas como Bolsa Família e BPC (Benefício de Prestação Continuada).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou a medida em entrevista no Palácio do Planalto. De acordo com o chefe da pasta, outra ação do governo vai ser pagar parte dos salários de trabalhadores de micro e pequenas empresas.
Segundo Guedes, a medida vai ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro ainda nesta quarta-feira (18). A medida vai permitir a cada beneficiado receber cerca de R$ 200 mensais por um período de três meses.
“Preocupação do presidente é o mercado informal, são 38 milhões de brasileiros que estão nas praias vendendo mate, vendendo cocada na rua, são os flanelinhas”, afirmou.
Aos cofres federais, as medidas vão custar R$ 15 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Congresso que seja decretado estado de calamidade pública. A ideia é permitir a ampliação dos gastos do governo em ações desse tipo.
Vale lembrar que a proposta, que libera o governo de cumprir a meta fiscal deste ano, ainda precisa ser votada pelo Legislativo.
Veja também: Dinheiro na conta! Governo libera FGTS e PIS em quatro modalidades