O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) divulgou uma pesquisa que informa que mais da metade das empresas de pequeno porte existentes no mercado atual, comprometem mensalmente mais de 30% do seu custo com o pagamento de dívidas.
Por causa desse tipo de situação, a secretaria de Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços sugere que medidas sejam propostas para a manutenção das Micro e Pequenas Empresas.
De acordo com recente divulgação da Agência Câmara de Notícias, o secretário Milton Coelho destaca a necessidade de que as entidades atuem diante do nível da taxa básica de juros.
Segundo ele, a economia não se sustentada com uma taxa Selic de 13,75% ao ano. É necessário acelerar o processo para que a queda da Selic seja uma realidade, de modo que as políticas públicas produzam resultados para minimizar o efeito da volatilidade da economia nos pequenos negócios.
Além disso, a Agência Câmara de Notícias explica que o secretário anunciou que uma linha de crédito deve ser direcionada para os artesãos, em audiência sobre os efeitos da pandemia nas pequenas empresas, realizada no dia 27 de abril.
De acordo com dados do Sebrae, até abril do ano de 2022, 59% das pequenas empresas faturaram menos do que o valor faturado em 2019.
No ano de 2020, no auge da pandemia, no mês de abril, as pequenas empresas estavam faturando 70% menos do que antes da pandemia de Covid-19. Os setores mais afetados foram o turismo, moda, beleza, artesanato e economia criativa, de acordo com o Sebrae.
De acordo com informações do Quick, 50% das empresas de pequeno e médio porte não buscaram crédito através do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Além disso, a pesquisa informa que 55% das empresas que pediram crédito, receberam um retorno negativo. A pandemia trouxe uma crescente na digitalização de processos de novos negócios. Por outro lado, os pequenos empresários se preocupam com a elevação de custos dos insumos.
De acordo com o professor de administração da Universidade de São Paulo (USP), as empresas de pequeno porte participam diretamente com apenas 1% do total das exportações.
Ao passo que, em países que possuem muitas políticas voltadas para as pequenas empresas, esse total de participação na balança comercial chega a 53%.
Alguns empresários reforçam que não conseguem pagar dívidas com o Pronampe, por exemplo. Isso porque, em algumas situações específicas, o pequeno empresário não consegue pagar algumas parcelas consecutivas.
Dessa forma, o contrato segue para a execução. Assim sendo, os pequenos empresários relatam que, mesmo que possam pagar um mês ou outro, considerando uma melhora no movimento do negócio, esse pagamento já não se torna possível porque a dívida entrou no “efeito bola de neve”.
Por conta de situações como essas abordadas em pesquisas de diferentes órgãos, é que se faz necessária a discussão sobre a elaboração de projeto para melhorar a situação de endividamento dos pequenos empresários. É necessário considerar a maior elevação do acesso ao crédito, bem como a maior flexibilidade no que tange a possíveis acordos.
Visto que o pequeno empresário precisa de crédito para investir nos seus negócios, ao passo que também precisa de flexibilidade financeira para continuar honrando seus compromissos referentes aos empréstimos.
Além disso, a microempresa também deve continuar atendendo suas demandas de maneira eficiente, investindo em novas tecnologias para administrar a sua empresa dentro de um processo dinâmico que impacta positivamente a economia nacional em diversos aspectos.