Mônica Calazans, a primeira pessoa vacinada contra Covid-19 no Brasil fora dos testes dos imunizantes, recebeu nesta sexta (12) a segunda dose da CoronaVac durante evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua de SP também foi imunizado hoje no evento que contou com a presença do governador de São Paulo, Joao Doria (PSDB). O padre fez questão de mostrar a carteirinha de vacinação.
Hoje, a prefeitura de São Paulo começou a vacinar moradores de rua acima de 60 anos nesta sexta (12). Com isso, o padre Julio Lancellotti, de 72 anos, recebeu a vacina, pois trabalha diretamente em contato com pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Sobre o padre Júlio Lancellotti, é uma atitude de respeito e homenagem, assifcm como a todos que ao lado do padre, ajudam a proteger aqueles que estão em situação de rua e os grupos mais fragilizados”, disse Joao Doria.
Moradores de rua foram vacinados contra Covid-19 junto com o padre Julio Lancellotti, que comemorou a inclusão do grupo na campanha de imunização. A expectativa da prefeitura de São Paulo é vacinar cerca de 2,2 mil pessoas maiores de 60 anos em situação de rua.
“Hoje para nós foi momento muito bonito, tocante e forte em termos de humanização. Durante toda manhã acompanhei vacinação nos consultórios de rua. O que é interessante é que, além dos que estão vindo, está tendo busca ativa daqueles que estão na rua. Em uma cidade tão cheia de contrastes, vacinar moradores de rua é sinal de humanização”, disse o padre.
Com 54 anos e integrante do grupo de risco para Covid-19 por ser hipertensa e diabética, a enfermeira Mônica Calazans, primeira imunizada no Brasil fora do período de teste, recebeu a segunda dose da CoronaVac nesta sexta (12). Mesmo após a vacina, Mônica fez questão de ressaltar a importância de seguir os protocolos de segurança.
“Para mim é um prazer estar aqui mais uma vez, sabendo que tenho representatividade muito grande. Quero deixar claro minha emoção em poder estar sendo imunizada pela segunda vez. Mas isso não me dá direito de sair sem máscara, sem álcool em gel. Tem que evitar aglomerações, ter isolamento social. Vou continuar junto com todos os brasileiros usando máscara até que todos nós estejamos imunizados”, disse a enfermeira.
Mônica também fez questão de combater notícias falsas e frisar que representa a classe das enfermeiras.
“Estou aqui por uma classe. Sou enfermeira. Tenho muito orgulho da minha profissão. Quero deixar claro que não sou atriz. Me falaram que estava atuando. Em um momento com tantas mortes, não tem atuação teatral. É uma realidade que todos estamos vivendo”, afirmou Mônica.