A prefeitura de São Paulo anunciou que, até o final do mês, pretende contratar 5 mil mães de alunos para ajudar no cumprimento dos protocolos contra Covid-19 nas escolas municipais. A proposta é para mães desempregadas e o salário mensal previsto é de cerca R$1 mil reais por uma carga de 30 horas de trabalho semanais por um período de 6 meses.
As mães serão responsáveis por atividades como medição de temperatura dos alunos, higienização de equipamentos e fiscalização do cumprimento do distanciamento social e do uso correto das máscaras.
“Ela vai apoiar a escola e é da comunidade, tem relação por já ter o filho ali. E vai receber um salário em um momento em que há uma crise de desemprego”, explica ao jornal Agora o secretário municipal de Educação, Fernando Padula.
A proposta ainda está sendo elaborada e mais detalhes devem ser apresentados nos próximos dias, segundo a Secretaria Municipal de Educação. O investimento total nas contratações será de R$34,6 milhões. Padula descarta a possibilidade de as mães contratadas substituírem os profissionais da limpeza nas escolas municipais.
“Elas vão atuar especificamente naqueles itens que pertencem ao protocolo de retorno”, disse o secretário da Educação.
A contratação das mães dos alunos será feita pela secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, que gerencia o POT (Programa Operação Trabalho). O programa existe há 20 anos e já foi utilizado para contratar dependentes químicos para fazer zeladoria de praças, por exemplo.
Apenas mães maiores de 18 anos poderão se candidatar a uma das 5 mil vagas para ajudar no cumprimento dos protocolos contra Covid-19 nas escolas municipais. A preferência será das mães desempregadas há mais de 4 meses.
Receber benefícios como seguro-desemprego e FGTS, entre outros, é um impeditivo para a candidatura às vagas abertas pela prefeitura. Além disso, a renda familiar da candidata não pode superar um salário mínimo (somando todos os membros da família). As mães também deverão fornecer uma autodeclaração atestando que não possui doenças preexistentes.
Os detalhes sobre como serão feitas as inscrições do programa serão divulgados pela prefeitura de São Paulo até o final de fevereiro.