O governo federal negou a possibilidade de empresas comprarem vacinas contra Covid-19 para imunizarem os funcionários, de acordo com Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O pedido foi negado em reunião virtual realizada nesta quarta (13) entre empresários e membros do governo federal, com a participação do ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco.
“Essa possibilidade ontem foi negada. Essa possibilidade no momento não existe”, afirmou Paulo Skaf em entrevista à rádio CBN.
A campanha de vacinação será pública e centralizada pelo Ministério da Saúde do governo federal, que distribuirá a vacina entre os estados para que a imunização comece ao mesmo tempo em todo território nacional.
“Uma empresa que tenha 100 mil funcionários, se ela quiser ir ao mercado, comprar a vacina e vacinar seus funcionários não pode”, disse Skaf.
De acordo com Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, assim que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar o uma vacina contra Covid-19, a vacinação começará em até 4 dias. No momento, a Anvisa está analisando os pedidos de uso emergencial da CoronaVac e da vacina de Oxford, a decisão sore a aprovação será tomada neste domingo (17) em reunião transmitida ao vivo.
Ainda que não tenham sido autorizados a comprarem vacinas para os próprios funcionários, os empresários saíram da reunião mais tranquilos da reunião com o governo federal. Segundo Skaf, o governo tem dinheiro para comprar imunizantes e capacidade logística para organizar a campanha de vacinação em todo Brasil.
“Aquela impressão que dá de inoperância, que as coisas estão meio estagnadas e o Brasil está ficando para trás, não se confirmou. O que falta é só a vacina, o resto está tudo preparado, de acordo com as informações que tivemos na reunião de ontem”, afirmou Skaf.
Em nota, a Fiesp disse que o governo garantiu que o processo de vacinação está encaminhado e resta apenas o aval da Anvisa para o uso emergencial da CoronaVac ou da vacina de Oxford.
“No momento, o governo aguarda a chegada de dois milhões de doses do imunizante da Astrazeneca/Oxford e o Instituto Butantan já tem seis milhões de doses. Ambas as vacinas aguardam aprovação da Anvisa para uso emergencial”, informou a nota.