Segundo empresários, foi aberta negociação com o Ministério da Saúde do governo federal para conseguir autorização para compra 33 milhões de doses prontas da vacina de Oxford, desenvolvida pela Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford e no Brasil de responsabilidade da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Até o momento, empresas não possuem permissão para adquirir vacinas contra Covid-19 para imunizar seus próprios funcionários. No entanto, pelo acordo em andamento, metade das 33 milhões de doses da vacina de Oxford seriam destinadas a funcionários das empresas envolvidas na negociação e seus familiares, enquanto a outra metade iria para o SUS (Sistema Único de Saúde).
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, ao menos doze empresas formariam o grupo interessado na compra dos imunizantes. Entre elas, estariam grandes companhias como: Vale, JBS, Gerdau, Vivo, OI, Petrobrás, Ambev, Itaú, Santander, Claro, Whirlpool e ADN Liga.
A ideia do grupo seria aumentar o número de companhias, incluindo outras que possam ter interesse, e cada uma receberia o equivalente ao valor investido. O objetivo das empresas é garantir a imunização de parte dos funcionários contra Covid-19, visando manter as atividades em funcionamento durante a pandemia.
As 33 milhões de doses da vacina de Oxford dizem respeito a quantidade disponibilizada pela Astrazeneca e poderiam chegar no Brasil em fevereiro. Segundo o grupo de empresários, as negociações para a compra já estão ocorrendo e são conduzidas pela Dasa, empresa que possui laboratórios e hospitais.
O Plano Nacional de Imunização contra Covid-19 foi iniciado no dia 17 de janeiro, quando a vacina de Oxford e a CoronaVac foram aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial. No mesmo dia, em São Paulo, foi aplicada a primeira dose da CoronaVac fora do período de testes. Durante aquela semana, os demais estados da União também deram início ao programa de vacinação.
Apesar do otimismo gerado pelo começo da campanha de vacinação contra Covid-19, em poucos dias foram registradas irregularidades, como pessoas furando a fila para receber uma dose do imunizante.
Além disso, tanto a vacina de Oxford quanto a CoronaVac dependem de insumos vindos da China para serem fabricadas no Brasil. Há atraso para a chegada da matéria-prima ao país, o que consequentemente atrasa todo o programa de vacinação brasileiro, que no melhor dos cenários está previsto para terminar só em 2022.