O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), voltou a fazer críticas ao governo federal e cobrou uma nova postura de Jair Bolsonaro (sem partido) para enfrentar a pandemia de Covid-19 no Brasil.
Segundo Leite, o presidente deveria apoiar medidas de proteção contra a Covid-19 como uso de máscaras e distanciamento social, mas acaba dando mais trabalho aos governadores que são obrigados a desmentir as mentiras oficiais de Bolsonaro.
“Não significa esquecer o quanto ele atrasou, o quanto deixou de fazer ao longo dessa pandemia, vai ter um momento apropriado para ser discutido logo mais à frente, a gente sabe disso, num processo eleitoral”, afirmou Eduardo Leite, que ao lado de Joao Doria (PSDB) é um dos principais nomes do partido para disputar a presidência em 2022.
“Mas agora a gente precisa da mudança de postura do presidente, de admitir que precisa uma coordenação nacional. Infelizmente, não parece que haverá mudança de posição do presidente em relação à questão do distanciamento, que é estratégica”, completou o governador gaúcho em entrevista à GloboNews.
O Rio Grande do Sul está há 27 dias com UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) acima do limite e mais de 170 pessoas estão na fila por um leito na capital Porto Alegre, segundo dados da secretaria de Saúde do estado.
Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), defende o distanciamento social como forma de frear o avanço da pandemia de Covid-19.
“Até que haja vacinação em massa não há outra alternativa a não ser fazer parar a circulação do vírus, que é o distanciamento social, restringir a circulação das pessoas, e isso infelizmente se mantém como um ponto de atrito muito intenso com o presidente, além das mentiras que são feitas oficialmente pelo governo”, disse Leite.
As mentiras mencionadas por Eduardo Leite são em relação à publicação que o presidente Jair Bolsonaro fez há cerca de um mês nas redes sociais, quando divulgou repasses que teriam sido enviados aos estados para combater a pandemia de Covid-19.
No entanto, segundo os governadores, os valores divulgados estavam inflados e incluíam repasses obrigatórios sem qualquer relação com a pandemia. Na entrevista à Globo News, Leite voltou a falar que tais repasses “são de direito constitucional”.