A falta de doses de imunizantes contra Covid-19 já obrigou cinco capitais a suspenderem a vacinação nesta semana. São elas: Rio de Janeiro, Teresina, Salvador, Cuiabá e Campo Grande.
Ao menos outras seis capitais anunciaram que também devem interromper a campanha nos próximos dias se não receberem novas doses, é o caso de Florianópolis, Curitiba, Porto Alegre, Goiânia, João Pessoa e Fortaleza.
Em todos os casos apenas a aplicação da primeira dose da vacina contra Covid-19 foi suspensa. Ou seja, a segunda dose de quem já recebeu a primeira aplicação está reservada como recomenda o Ministério da Saúde.
A falta de doses e de organização do Plano Nacional de Imunização contra Covid-19 levou a Confederação Nacional de Municípios (CNM) a pedir a saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) também criticou a atuação do Ministério da Saúde e questionou a necessidade de um cronograma nacional de vacinação.
O governador de São Paulo, que não anunciou suspensão da campanha de vacinação, criticou a lentidão do governo federal na busca por novos imunizantes contra Covid-19, apontando que o mais correto seria comprar doses de vacinas de diferentes fabricantes, como feito por outros países.
“Quero dizer que o Brasil errou feio por não ter feito a opção para várias vacinas. Argentina, Colômbia, Chile e Peru fizeram isso. Sem contar países do hemisfério norte, que hoje têm até seis vacinas. O Brasil fez uma opção errada por apenas uma vacina. Não fosse nosso esforço e de São Paulo e a capacitação do Butantan, até hoje não teríamos vacinação no Brasil”, disse Joao Doria em entrevista coletiva nesta quarta (17).