Neste final de semana, a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil ultrapassou a marca de mil por dia, o que não acontecia desde 11 de agosto, há 5 meses. No domingo (10), foram registradas 483 óbitos e 29.153 casos confirmados. Com isso, a média diária na última semana foi de 1.016 mortes — uma elevação de 65% na variação de 14 dias —, enquanto a média móvel de casos, 53.112, é a mais alta pelo segundo dia seguido.
Desde o começo da pandemia, no total, 203.140 pessoas perderam a vida em decorrência do novo coronavírus no Brasil e o número de infectados é de 8.104.823, deixando o país atrás apenas dos Estados Unidos no número de óbitos por Covid-19. A alta no número de mortes e casos no mês de janeiro confirma a previsão de especialistas e tudo indica que estejam ligada às reuniões e deslocamentos durante as festas do final do ano passado.
Nenhum estado do Brasil registrou queda na média móvel de óbitos causados pelo coronavírus na última semana, fato inédito até essa semana. Enquanto 9 estados mantiveram estabilidade, o Distrito Federal e 17 estados registraram aceleração, fazendo com que o número de óbitos por Covid-19 subisse em todas as regiões do Brasil.
A alta é mais acentuada nas regiões Norte, onde o estado do Amazonas declarou calamidade pública por 6 meses, e Sudeste, que conta com a vontade do governo de São Paulo em iniciar o Plano Estadual de Imunização dia 25 de janeiro, caso a CoronaVac tenha o uso emergencial autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Confira de quanto foi a aceleração no número de mortes em casa região:
– Nordeste (28%)
– Centro Oeste (33%)
– Sul (40%)
– Sudeste (95%)
– Norte (106%)
A média móvel faz uma média dos números do dia e dos seis dias anteriores. Para verificar se a tendência é de alta, estabilidade ou queda, ela é comparada com a média das duas semanas anteriores. Dessa forma, o cálculo é mais preciso do que simplesmente acompanhar os números diários, pois a notificação de casos e mortes nos finais de semana tende a ser menor, devido ao baixo número de funcionários de plantão.
Os números são apresentados diariamente e contam com dados do consórcio de imprensa formado por O Globo, Folha de S. Paulo, Extra, G1, UOL e O Estado de S. Paulo levantados junto às secretarias estaduais de Saúde. Tal iniciativa foi criada devido à falta de consistência nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde do governo federal.