Covid-19: Secretário de Saúde de São Paulo defende mais restrições para evitar colapso na capital paulista

O secretário de Saúde do município de São Paulo, Edson Aparecido, defendeu mais restrições de circulação para barrar o avanço da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde da capital. As declarações foram dadas em entrevista à Globo News.

Na terça (02), o Centro de Contingência contra o Coronavírus de São Paulo discutiu a situação da pandemia de Covid-19 no estado. A expectativa é que hoje (03), o governador Joao Doria acate as sugestões e anuncie medidas mais rigorosas, como a regressão para a fase vermelha do Plano SP em todo o estado.

“O centro de contingência se reuniu ontem, apontou a gravidade do momento, a necessidade de todo o estado regredir para a fase vermelha. Governador tem uma reunião ainda hoje para ter essa decisão final”, disse Edson Aparecido.

“Não existe a menor sombra de dúvida que precisamos ter uma restrição maior de circulação em todo o estado, inclusive na capital, para que possamos enfrentar esse momento”, completou.

Sistema de saúde de São Paulo pode colapsar devido à Covid-19

Apesar de ter a maior rede de hospitalar do Brasil, a capital paulista corre risco de ver o sistema de saúde colapsar, de acordo com Edson Aparecido.

“O sistema público de saúde, mesmo em uma cidade como São Paulo, pode rapidamente se esgotar se não reduzirmos a velocidade que a doença está se disseminando. Então, medidas de restrição seguramente serão anunciadas ainda hoje, são fundamentais e precisam ocorrer em todo o estado para que tenhamos em 15 dias a regressão da doença”, disse.

A ocupação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) superou os 80% no começo da semana. Para contornar a situação, mais 100 leitos de UTI foram abertos ontem.

“Mas todo esse esforço, tudo que foi feito até agora, não será suficiente para que a gente possa enfrentar essa 2ª onda, que tem um grau de transmissibilidade muito mais veloz, que está atingindo uma faixa etária de 20 a 40 anos”, disse.

A abertura de hospitais de campanha, como ocorrido na primeira onda de Covid-19 em São Paulo, no momento, está descartada.

“Nós não pretendemos ainda retomar os hospitais de campanha, eles cumpriram um papel importante quando não havia hospitais suficientes. Agora concentramos no aumento de leitos de hospitais, mas estamos conversando com o governador, que pretende abrir um aqui para atender a população não só da cidade, mas de outras regiões”, disse Edson.

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