Conselho Federal de Medicina defende isolamento social e uso de máscaras contra Covid-19

O Conselho Federal de Medicina (CFM) defendeu medidas restritivas contra Covid-19, como o isolamento social e o uso de máscaras, para evitar o colapso no sistema de saúde do Brasil, que no momento registra altas taxas de ocupação de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em mais da metade dos estados.

A nota técnica do CFM coloca como fundamental o “uso de máscaras, a higienização frequente das mãos, o distanciamento social e a proteção de olhos e mucosas”, além de cobrar que governos forneçam infraestrutura adequada para atendimentos médicos e consideram medidas restritivas.

“Os governos devem considerar que a adoção de medidas restritivas de caráter local pode reduzir, momentaneamente, a pressão da demanda sobre o sistema de saúde, como tentativa de evitar o colapso”, afirmou o Conselho Federal de Medicina.

Embora defenda o isolamento social, o CFM ponde que tais medidas devem ser momentâneas, pois “podem também gerar consequências graves e de efeito duradouro para a sociedade, como o fechamento de empresas, desemprego e surgimento de doenças mentais em adultos, jovens e crianças”.

CFM defende vacinação em massa contra Covid-19

Contradizendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que chamou de ‘idiota’ quem pede para o governo federal comprar mais vacinas contra Covid-19, o CFM defende a vacinação em massa como principal meio de conter o avanço da pandemia no país.

“A vacinação contra a Covid-19 de todos os brasileiros, no menor espaço de tempo, é o caminho mais seguro de se evitar que o contágio pelo coronavírus continue a causar adoecimento e mortes.”, diz a nota técnica do CFM.

O posicionamento do Conselho Federal de Medicina vai de encontro com o que pensa o ministro da Economia, Paulo Guedes, que nesta quinta (4) disse que ‘sem saúde não há economia’.

“Nós precisamos de saúde, emprego e renda. Primeiro, a saúde. Sem saúde, não há economia. E, da mesma forma, a vacinação em massa é o que vai nos permitir manter a economia em funcionamento”, afirmou o ministro em vídeo divulgado nesta quinta (4).

O Brasil vive o pior momento desde o começo da pandemia de Covid-19, que já matou 260.970 pessoas no país e é responsável pela alta taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) em mais da metade dos estados brasileiros.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.