Um profissional de saúde italiano foi infectado com a variante brasileira do novo coronavírus mesmo após ter sido vacinado com o imunizante da Pfizer/Biontech.
A nova cepa foi detectada no trabalhador do hospital da província de L’Aquila, na Itália, durante os exames periódicos realizados em todos os agentes de saúde e analisada pelos institutos de zooprofilaxia experimental de Abruzzo e Molise.
O profissional de saúde infectado com a variante brasileira do coronavírus está assintomático e em isolamento domiciliar. Ele teria sido infectado pela mãe, segundo relatos, após a família registrar um surto com seis casos positivos (todos assintomáticos).
Novas análises serão feitas para verificar se a vacina o protegeu contra formas mais graves de Covid-19. Os médicos do hospital de L’Aquila também farão testes nos familiares do agente infectado, para verificar se eles também carregam a variante brasileira do coronavírus.
Nos últimos dias, o município localizado na província de L’Aquila, Poggio Picenze, com pouco mais de mil habitantes, registrou três casos da variante brasileira do coronavírus em três brasileiros que residem no local.
Uma reunião entre as autoridades de saúde e a prefeita Cinzia Torraco deve acontecer nesta sexta (19) para debater a situação.
De acordo com um estudo publicado na revista Nature Medicine, a vacina da Pfizer desenvolvida junto com a Biontech conseguiu neutralizar, em laboratório, três variantes do novo coronavírus encontradas na África do Sul e no Reino Unido.
O resultado foi que a vacina da Pfizer conseguiu neutralizar as três mutações do coronavírus, apresentando uma taxa de eficácia ligeiramente inferior contra a mutação E484K, identificada na África do Sul. No entanto, o estudo não analisou a eficácia do imunizante contra a variante brasileira do coronavírus.
“A evolução contínua do SARS-CoV-2 exige um monitoramento contínuo do significado dessas mudanças para a eficácia da vacina. Esta vigilância deve ser acompanhada de preparativos para a possibilidade de que futuras mutações possam exigir mudanças nas vacinas”, escreveram os autores do estudo.