A atualização da conjuntura econômica e do cenário do Copom foi divulgada pelo Banco Central do Brasil (BCB) na data desta publicação, 09 de agosto de 2022, como ocorre periodicamente.
De acordo com a recente avaliação oficial do Copom, o ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global, em um ambiente inflacionário ainda pressionado.
Além disso, o crescimento de grandes economias foi revisado para baixo, por causa da expectativa de continuidade da reversão dos estímulos implementados durante o longo período da pandemia, em particular os de política monetária.
Além disso, o atual conflito na Ucrânia gera impactos sobre o fornecimento de gás natural, adicionando incerteza sobre o cenário econômico europeu, enquanto a deterioração do setor imobiliário, aliada à política de combate à Covid-19, impactam negativamente as perspectivas de crescimento chinesas.
As taxas de inflação de algumas economias avançadas divulgadas no período sugerem pressões ainda fortes, mas já se observa uma normalização incipiente nas cadeias de suprimento e uma acomodação nos preços das principais commodities no período recente.
Aliada à recomposição nos estoques de produtos industrializados, esses desenvolvimentos podem implicar moderação nas pressões inflacionárias ligadas a bens. Por outro lado, o grau de ociosidade do mercado de trabalho nessas economias sugere que pressões inflacionárias no setor de serviços podem demorar a se dissipar.
O Copom ressalta a postura mais contracionista em relação ao avanço da inflação nos Bancos Centrais. Além disso, a aceleração do processo de normalização da política monetária nos países avançados, o aumento da aversão a risco e a mudança da perspectiva de crescimento econômico são fatores que impactam as condições financeiras tanto de países avançados quanto de emergentes, com efeito sobre a volatilidade dos ativos e as expectativas de crescimento econômico.
De acordo com a divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB), o Copom acompanha os riscos em torno de uma desaceleração global em ambiente de inflação significativamente pressionada.
Segundo destaca o Banco Central do Brasil (BCB), no âmbito doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom segue indicando crescimento ao longo do segundo trimestre, com uma retomada no mercado de trabalho mais forte do que era esperada.
Tanto os indicadores referentes à contratação de emprego formal quanto às taxas de ocupação e desocupação sugerem uma normalização rápida dos setores intensivos de trabalho após a pandemia, destaca a divulgação oficial.