Alguns jogadores neste início de Copa do Mundo no Qatar tem aparecido utilizando um meião com alguns furos característicos. Dizem que a estratégia tem como objetivo reduzir a pressão nas pernas. Mas daí vem a pergunta: o que os médicos dizem sobre isso? Será que realmente funciona e beneficia o atleta?
Os jogadores da seleção inglesa Saka e Bellingham em sua partida contra o Irã, na última segunda-feira (21/11) utilizaram o artifício, e aliás, cada um deles fez um gol. Eles chamaram a atenção das pessoas por terem seus meiões cheios de buracos. Alguns torcedores comentaram o fato em suas redes sociais.
De fato, esta estratégia de furar o meião para reduzir a pressão nas pernas dos jogadores de futebol já é conhecida há algum tempo. O próprio meia Saka, já apareceu utilizando a técnica em jogos de seu clube, o Arsenal. Alguns jogadores também já falaram sobre os benefícios do artifício.
De acordo com alguns esportistas, rasgar o meião na parte de trás faz que a pressão exercida pelo tecido em suas pernas, se torne mais amena, visto que é bem grosso e elástico. Dessa maneira, há uma melhora na circulação da região. Eles também afirmam que melhora a ventilação no lugar.
Outros jogadores como o Neymar também já apareceram em jogos com seu meião furado. O atacante em 2018 utilizou a estratégia durante a Copa do Mundo na Rússia. Ele afirma que a técnica ajuda acabar com as câimbras. No entanto, a patrocinadora do jogador não gostou e pediu para ele usar meiões novos.
Dessa maneira, a tática vem sendo utilizada ao longo do tempo. No entanto, não há evidências científicas que confirmem seus benefícios. Não se sabe se o artifício realmente gera uma melhora no desempenho dos jogadores. É fato que durante as partidas, há um aumento no volume de sangue nas pernas dos atletas.
Isso se deve ao fato de que a região no corpo dos jogadores recebem estímulos a todo o momento. Desse modo, o meião é utilizado para manter a pressão no local durante a partida de futebol. O tecido age através de uma compressão elástica, para equilibrar o aumento do fluxo sanguíneo.
Por essa razão, o meião é capaz de ajudar no alívio das dores e inchaços após os jogos, auxiliando na recuperação do jogador. O tecido do meião deve ser bastante elástico, caso contrário, ele pode não dar conta da ampliação da pressão sanguínea que ocorre nas pernas do atleta profissional.
Todavia, a propriedade elástica e o conforto do jogador devem estar em harmonia, balanceados. Do contrário, pode acontecer uma atrofia crônica na musculatura da panturrilha do atleta. Isso se deve ao fato de que o quadro pode ser acentuado no caso de o meião não apresentar uma pressão suficiente.
O meião deve, portanto, proporcionar uma boa pressão na perna do jogador, acomodando o volume de seu músculo. Os atletas têm furado seus meiões em busca de aliviar este desconforto. Vale ressaltar que não há pesquisas sobre o assunto, mas que no dia a dia do jogador o recurso tem sido usado com sucesso.
Ao que parece, o tecido das meias utilizadas atualmente não está oferecendo as condições certas para que os jogadores deem o seu melhor em campo. Por essa razão, muitos atletas profissionais estão rasgando seus meiões em busca de uma solução para o problema, aumentando o conforto em sua utilização.
As meias têm sido cortadas na sua parte de trás de modo a despressurizar a região da panturrilha, aumentar a circulação no local, facilitar a respiração da pele, gerando um maior conforto do jogador durante a partida de futebol. Com comprovação médica ou não, a tática tem tido um grande sucesso.
O Brasil está no grupo G na Copa do Mundo do Qatar. Sua primeira partida deverá ser na quinta-feira (24/11) às 16h, horário de Brasília contra a seleção da Sérvia. Em seguida, a seleção brasileira deverá jogar contra a Suíça na segunda-feira (28/11), às 13h. O terceiro jogo será contra o Camarões na sexta-feira (02/12) às 16h.