A partir do próximo sábado, 16 de abril, a tarifa de energia elétrica vai voltar a funcionar sob a bandeira verde. A medida, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, vai proporcionar uma redução nos valores do kw/h.
Sendo assim, as contas de luz continuarão sem aumento de tarifa de energia até o fim do ano, período que a bandeira verde ficará ativa nas contas de energia. A medida, tomada por conta do grande volume de água nos reservatórios, deverá permanecer até o final do ano.
Segundo informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde deve vir para ficar. A expectativa é de que não ocorra novas mudanças até o fim do ano. Ou seja, provavelmente as tarifas não voltarão a sofrer acréscimos em 2022.
De acordo com o coordenador sênior no Instituto Clima e Sociedade, Roberto Kishinami, a redução no valor da energia “não é factível”.
“A medição da conta que vai ser entregue no final desse mês e início do próximo termina de 15 a 16, essa próxima conta ainda vai conter a bandeira escassez hídrica”.
De acordo com informações do Governo Federal, a bandeira verde vai proporcionar uma redução de 20% no valor final das contas.
As bandeiras são acionadas nas faturas de energia elétrica conforme o contexto em que o país ou a região está vivenciando, além, é claro, do consumo por parte dos cidadãos. Veja a seguir como funciona a cobrança adicional na conta de luz para cada tipo de bandeira:
Em 2021, foi criada a bandeira de escassez hídrica. Essa ferramenta, que possibilita um acréscimo de nada menos que R$14,20 a cada 100 kWh consumidos, estava vigente desde o mês de setembro.
De acordo com o que foi informado pelo Governo Federal, a medida é necessária para que compense os custos da geração de energia. Isso porque o país ficou com um grande período de seca em 2021, apontado como o pior em 91 anos.
No entanto, desde o fim de 2021 que a situação foi contornada. Acontece que um grande volume de chuvas vem sendo registrado desde o fim do ano passado, o que possibilitou uma boa situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Em duas regiões importantes do país, o Sudeste e no Centro-Oeste, por exemplo, o período de chuvas está no melhor nível desde 2012.
Mesmo com o avanço das fontes de energias alternativas, como, por exemplo, a eólica e solar, as hidrelétricas ainda são responsáveis por grande parte da geração energia do país, com cerca de 65% do total produzido no Brasil.