Milhares de brasileiros que possuem valores esquecidos em instituições financeiras precisam atentar para o prazo de retirada dessa quantia. Conforme as informações do Banco Central, esses cidadãos têm até o próximo dia 16 de outubro para sacar os valores.
Assim, pode-se afirmar que se inicia uma contagem regressiva para essa retirada. Os brasileiros têm um prazo de 10 dias para recuperar o dinheiro esquecido no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC).
Ao todo, R$ 8,56 bilhões estão disponíveis para retirada no SVR. Por esse sistema, o cidadão pode consultar se as pessoas físicas e empresas esqueceram valores em bancos, consórcios ou outras instituições.
É importante frisar que o dinheiro pode ter sido esquecido inclusive por pessoas que já faleceram. Neste caso, os seus herdeiros podem requerer a recuperação dessa quantia. Mas o prazo, vale frisar, é exatamente o mesmo: 10 dias para retirada.
O prazo de 30 dias para recuperar o dinheiro esquecido no sistema SVR começou a valer ainda no último dia 16 de setembro, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou um projeto de lei previamente aprovado pelo congresso nacional que indica essa nova regra.
O texto original aprovado pelo congresso nacional estabelecia dois prazos diferentes para que os recursos esquecidos fossem reclamados pelas pessoas.
Lula acabou optando por vetar o trecho do texto sobre o dia 31 de dezembro de 2027. O governo federal argumentou que esse veto foi feito para evitar contestações e conflitos com as datas.
Com a decisão do congresso nacional, é natural que muita gente comece a procurar agora o SVR para tentar recuperar o seu dinheiro. E é justamente neste contexto de alta procura que criminosos tentam aplicar golpes em vítimas.
Diante desse cenário, o Banco Central afirma que a principal dica para não cair em golpes envolvendo o Sistema de Valores a Receber é não clicar em links suspeitos que são normalmente enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou mesmo Telegram.
A instituição frisa que não envia links, e nem entra em contato com nenhuma pessoa para tratar sobre os valores a receber. Em todos os casos, é o próprio cidadão quem tem que procurar essa informação, e sacar os seus valores.
Ainda no primeiro semestre, o governo federal tentou acabar com a desoneração da folha de pagamentos. Estamos falando de benefícios fiscais para alguns setores da economia, que não precisam pagar uma boa parcela dos impostos.
A ideia do governo era retomar o pagamento desses impostos para esses setores. Contudo, o Congresso Nacional derrubou esta ideia, e a desoneração continuou.
Logo depois, o governo federal passou a exigir uma contrapartida. Se o Congresso Nacional quer continuar perdoando os impostos desses 17 setores da economia, precisava entregar algo em troca para manter o equilíbrio das contas públicas.
Confiscar o dinheiro esquecido dos brasileiros foi a medida encontrada para fazer essa realocação. Assim, os 17 setores da economia vão seguir sendo desonerados de maneira gradual, e nesse meio tempo o governo federal poderia usar os R$ 8,5 bilhões que pertencem ao povo brasileiro, mas que não foram resgatados.