Muitos beneficiários do Auxílio Brasil que estão contratando o consignado do programa social se querem sabem que se trata de um empréstimo. Essa informação foi dada pelo portal G1 na última sexta-feira (21), constatada por meio de entrevistas aos cidadãos nas filas das agências da Caixa Econômica Federal.
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Como mencionado, a reportagem do G1 afirma que os beneficiários do Auxílio Brasil, ao serem questionados sobre a modalidade de crédito, disseram que não faziam ideia de que o “benefício” se tratava de uma linha de crédito com descontos automáticos nas parcelas pagas pelo programa.
Ao saberem dessa informação, vários cidadãos se mostraram insatisfeitos com o serviço. Uma beneficiária ressaltou sobre o valor do benefício, que já é pouco com relação aos preços dos produtos comercializados no país. Desse modo, com os descontos do crédito, a situação ficaria ainda mais difícil.
Para especialistas, a liberação do empréstimo consignado para o público vulnerável pode agravar ainda mais a situação financeira das famílias carentes brasileiras. Em outras palavras, o novo serviço não é capaz de trazer nenhuma vantagem aos contratantes, mas apenas prejuízos.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), Reinaldo Domingos, ao invés de se benéfico, o consignado do Auxílio Brasil pode ser um grande vilão. A justificativa para esse argumento é clara, considerando que o benefício é utilizado para sobrevivência e, por isso, não deve ser descontado.
Neste contexto, muitos bancos renomados do país optaram por não trabalhar com a modalidade crédito. Dentre as tais instituições financeiras podemos citar o Santander, o Itaú e o Bradesco. Este último ainda reconheceu a dificuldade que os beneficiários vão enfrentar ao realizarem o pagamento das parcelas do empréstimo.
Deixando bem claro, o consignado do Auxílio Brasil se refere a uma linha de crédito cujas parcelas são diretamente descontadas da folha de pagamento do benefício pago pelo programa social. Para que fosse liberado, o Ministério da Cidadania regulamentou toda a operação no fim do último mês.
Considerando o texto publicado, os beneficiários terão até 24 meses (2 anos) para quitar a dívida, dependendo do valor contratado e do número de parcelas acordado. Além disso, as taxas de juros aplicadas pelos bancos não podem ultrapassar a marca de 3,5% ao mês, mas podem ser inferiores.
No mais, cada contemplado só pode comprometer até 40% do valor do seu benefício na contratação do consignado. Desse modo, ao considerar o pagamento tradicional de R$ 400 do programa, cada parcela da dívida só pode chegar a R$ 160, caso contrário, a contratação é inviável.