No mundo da numismática, uma moeda rara é cercada de uma série de características. Para ser considerada valiosa, ela precisa contar com uma tiragem relativamente baixa, estar em um bom estado de conservação e registrar algum tipo de defeito de cunhagem.
De fato, moedas que possuem algum defeito de fabricação podem ter o valor elevado na grande maioria dos casos. Entretanto, existem situações que fazem com que a peça seja considerada valiosa mesmo sem apresentar nenhum tipo de defeito aparente.
É o caso, por exemplo, da moeda de 1000 réis do ano de 1911. Esta peça antiga contou com uma tiragem de pouco mais de 21 milhões de exemplares. Embora o número seja considerado alto, o fato é que boa parte destas unidades se perdeu com o tempo, fazendo com que hoje tenham sobrado apenas alguns exemplares.
Abaixo, você pode conferir o detalhamento desta moeda de 1000 réis do ano de 1911, considerando as informações divulgadas pelo Banco Central (BC).
Como dito, a moeda de 1000 réis do ano de 1911 pode ser considerada valiosa mesmo sem apresentar nenhum tipo de defeito aparente. Assim, se você encontrar esta peça em bom estado de conservação, saiba que você pode ter conquistado a sorte grande.
Abaixo, você pode conferir os valores atualizados da peça de 1000 réis do ano de 1911, considerando os catálogos numismáticos mais atualizados, dos anos de 2023 e 2024.
MBC | SOBERBA | FLOR DE CUNHO |
R$ 55,00 | R$ 85,00 | R$ 160,00 |
O Brasil já contou com várias moedas no decorrer da sua história, de modo que esta peça de 400 réis de 1932 foi apenas uma dentre tantas outras que já circularam pelas nossas ruas. Abaixo, você pode ver um resumo da nossa história monetária:
Na tabela acima, é possível perceber que os réis foram as primeiras moedas da história do Brasil, e começaram a ser usadas ainda no período de colonização até poucas décadas atrás. Na chegada dos portugueses, não existiam moedas no Brasil, e o comércio era realizado basicamente em um sistema de trocas de produtos.
Com o avanço da colonização, e consequentemente do comércio, o Brasil começou a ter o mesmo padrão monetário do Portugal: o real. Os reais, plural do real, acabaram sendo popularizados como réis, nome que acabou funcionando oficialmente por centenas de anos.
Mesmo na época do Brasil Império, já existia uma preocupação com o material usado nas moedas que seriam usadas no comércio. De acordo com um relatório histórico do Banco Central, com o passar dos anos, os imperadores começaram a alterar o material usado na fabricação destas peças.
“Com a generalização do uso de cédulas, a cunhagem de moedas direcionou-se para a produção de valores destinados ao troco. O cobre foi sendo substituído por ligas modernas, mais duráveis, de modo a suportar a circulação do dinheiro de mão em mão. A partir de 1868, foram introduzidas moedas de bronze e, a partir de 1870, moedas de cuproníquel”, diz o Banco Central
“Após a Proclamação da República, em 1889, foi mantido o padrão Réis. As moedas de ouro e prata receberam gravação da alegoria da República no lugar da imagem do imperador. A utilização do ouro, na cunhagem de moedas de circulação, foi interrompida em 1922, devido ao alto custo do metal”, completa o BC.