O Congresso Nacional tem ciência de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi uma das figuras que mais se beneficiou com a existência do auxílio emergencial em 2020. Agora, os parlamentares pressionam o presidente por uma nova rodada do programa. Os deputados e senadores brasileiros estão sob nova gestão, após a recente eleição dos presidentes das duas Casas. E o grupo deseja deixar sua marca para ter reconhecimento pela “paternidade do novo auxílio”.
O consenso, tanto na base do governo quanto na oposição, é de que uma nova rodada do auxílio é necessária para a população mais vulnerável em meio à pandemia do novo coronavírus. Além do objetivo de ajudar a população brasileira mais carente, que está passando necessidade e fome, os parlamentares também visam as eleições de 2022.
Os parlamentares lembram que, antes do auxílio começar a ser pago, o governo do presidente Bolsonaro tinha a proposta de R$ 200 por mês. Rodrigo Maia (DEM-RJ), então presidente da Câmara dos Deputados, aprovou parcelas de R$ 500 por mês. Para não perder a autoria da medida, o presidente Bolsonaro ordenou que sua equipe econômica arranjasse uma forma de pagar parcelas de R$ 600, valor que ficou durante a primeira fase do programa. Após a última prorrogação, foram liberadas até quatro parcelas de R$ 300 aos beneficiários.
De acordo com o blog de Carla Araújo, do UOL, Paulo Guedes, ministro da Economia, já falou para Bolsonaro sobre o custo do novo auxílio diversas vezes. Agora, o ministro defende que seja feita uma triagem maior entre os beneficiários, para que o programa seja pago apenas aos mais necessitados. O Orçamento de 2021 ainda não foi aprovado e o Brasil sofre com aumento do endividamento. Por isso, o governo ainda busca uma solução para bancar a nova rodada do auxílio emergencial. A proposta deve ser feita após o carnaval.